
Médico fundador deixa marcas indeléveis na saúde goiana, mas a mercantilização da medicina segue como sombra de seu legado.
No Dia do Médico, celebrado nesta sexta-feira (18), a história da primeira Faculdade de Medicina de Goiás se destaca ao ser conectada à trajetória de Francisco Ludovico de Almeida Neto. Filho do ex-governador José Ludovico de Almeida, Francisco nasceu em Itaberaí, Goiás, em 22 de fevereiro de 1927. Desde cedo, dedicou-se a cuidar do próximo.
Contribuições para a Medicina Goiana
Francisco Ludovico de Almeida Neto é respeitado na medicina goiana. Ele fundou o Hospital Santa Genoveva e teve um papel essencial na educação médica. A primeira Faculdade de Medicina do estado, inaugurada em abril de 1960, resultou de seu trabalho e comprometimento. Conhecido como Chico Ludovico, formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde trabalhou para pagar seus estudos.
Após a aposentadoria, Francisco escreveu “A Faculdade de Medicina de Goiás”. Nesse livro, ele capturou sua experiência e a evolução da instituição. Contudo, ele denunciou a mercantilização da medicina, enfatizando a necessidade de tratar pacientes como seres humanos. Sua frase “paciente não rima com número, rima com gente” reflete seu compromisso ético e sua visão humanizada da profissão.
Desafios Pessoais e Legado
Francisco lutou contra o agressivo câncer de próstata e também enfrentou os desafios do Alzheimer. Ele faleceu aos 86 anos, mas deixou um legado que vai além de sua morte. Em uma entrevista de 1996, ele refletiu sobre a ética médica e bem como a importância de cuidar dos idosos em fase terminal, um tema que sempre o preocupou.
Embora sua trajetória inclua conquistas significativas, a luta de Francisco contra a desumanização da medicina continua como um alerta importante. Formar médicos comprometidos com a saúde da população é um desafio que persiste constantemente e exige vigilância e determinação.
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