
O papel transformador da cirurgia plástica na autoestima e no bem-estar.
A cirurgia plástica é frequentemente percebida como uma prática superficial, focada unicamente na estética. No entanto, como cirurgião plástico, compreendo que essa visão é limitada. A verdadeira essência da cirurgia plástica transcende a aparência; trata-se de um processo profundo que influencia a autoestima e o bem-estar emocional dos pacientes.
Quando um indivíduo busca uma intervenção cirúrgica, ele muitas vezes lida com questões que vão além do corpo. A transformação estética pode servir como um caminho para resgatar a confiança e melhorar a autoimagem, aspectos fundamentais para a qualidade de vida. Muitas vezes, a insatisfação com a própria aparência surge de experiências negativas, comentários desnecessários e padrões de beleza impostos pela sociedade. Assim, a cirurgia plástica torna-se uma ferramenta de empoderamento, permitindo que a pessoa se reconecte com sua essência e se sinta mais confortável em sua própria pele.
Abordagem Holística na Cirurgia Plástica
É fundamental entender que a cirurgia plástica não deve ser encarada isoladamente. Devemos adotar uma abordagem holística, considerando tanto a saúde física quanto a mental. Conhecer o paciente, ouvir sua história e entender suas motivações são etapas essenciais para garantir um resultado satisfatório. A interação humana durante o processo de consulta e acompanhamento pós-operatório é vital para assegurar que a cirurgia atenda não apenas às expectativas estéticas, mas também às necessidades emocionais do paciente. No entanto, em se tratando de subjetividade, tanto a aparência quanto o emocional requerem cautela, evitando promessas vazias e garantias de resultados. É necessária também a participação ativa do paciente em todo o processo, assim como as observações e orientações que lhe foram dadas.
A Singularidade da Beleza
Além disso, é importante ressaltar que a beleza não é um conceito absoluto. Cada pessoa possui sua singularidade e, por isso, o que pode ser considerado belo para uma pessoa pode não ter o mesmo significado para outra. O papel do cirurgião plástico não é impor um padrão, mas sim auxiliar cada paciente a encontrar sua própria definição de beleza, respeitando suas características individuais. Gosto de chamar a cirurgia plástica que não fragmenta as pessoas, mas que as vê como um todo, e é isso que hoje enfatizo. Cada qual possui suas crenças, quaisquer que sejam, e isso torna a CIRURGIA PLÁSTICA mais completa. Por isso, a chamo de CIRURGIA PLÁSTICA INTEGRATIVA, que considera a pessoa como um todo: espírito, alma (mente) e corpo.
Na prática, a cirurgia plástica funciona como uma forma de terapia. Quando alguém se sente “feio” ou insatisfeito com alguma parte do corpo, isso muitas vezes reflete questões internas que precisam ser tratadas. A cirurgia pode proporcionar um novo começo, mas a verdadeira transformação começa de dentro para fora. É preciso lembrar que um coração alegre aformoseia o rosto.
É um privilégio poder ajudar as pessoas a se sentirem melhor consigo mesmas, e essa responsabilidade deve ser exercida com consciência.

Dr. Murilo Prata é colunista de Estética e Saúde do portal Democrático News desde outubro de 2024. Formado em cirurgia plástica pela Universidade de Brasília (UnB), ele possui especializações em cirurgia geral e plástica e é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Com ampla experiência em procedimentos estéticos, ele também se dedica à hormoniologia e suplementação. Suas especialidades incluem a aplicação de ácido hialurônico e toxinas botulínicas, além de abdominoplastia, lipoaspiração, lifting facial, blefaroplastia, rinoplastia, ginecomastia, mamoplastia e otoplastia.
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