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Advogados ligados a facção criminosa são condenados em Goiás

A Justiça aplica penas de reclusão em regime fechado por intermediação de ações ilegais dentro e fora dos presídios.

Dois advogados foram condenados por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) em Goiás. A decisão, emitida pela 2ª Vara dos Feitos Relativos às Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, sentenciou Belchior Epaminondas Wenceslau Júnior e Amanda Somma Silva a 6 anos e 5 meses de reclusão em regime fechado. Ambos também foram multados, acusados ​​de integrarem a chamada “Sintonia dos Gravatas”, um braço da facção responsável por ações articulares ilícitas entre os presos e o meio externo.

Funções na facção

As investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás (MPGO) apontaram que os advogados intermediavam contatos entre membros da facção. Essa atuação incluiu organizar comunicações que mantinham as atividades criminosas em andamento e até colaborar com falsos protestos contra condições carcerárias nos presídios do estado.

Uma das ações destacadas no processo revelou que Amanda Somma teria sido acionada para viabilizar manifestações em favor da facção. Já Belchior desempenhava papel estratégico, útil como ponte para facilitar a comunicação de ordens ilícitas.

Plano de fuga interceptado

Além dos advogados, Weverton Luis Henrique Rodrigues Lourenço, preso e identificado como membro do PCC, também foi condenado. Ele recebeu uma pena mais severa: 9 anos e 7 meses de reclusão em regime fechado, além de multa. A investigação revelou que Weverton articulou, com apoio da advogada, um plano de fuga do Núcleo de Custódia de Goiás. A tentativa envolveu armamento pesado e foi descoberta antes de sua execução.

Após a descoberta do esquema, Weverton foi transferido para a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, uma unidade de segurança máxima que dificulta a comunicação entre presos e membros externos.

O trabalho do MPGO contou com suporte da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e da Polícia Penal do Estado de Goiás. A cooperação entre os órgãos foi crucial para desmantelar o esquema e reunir provas que sustentassem as condenações.

A decisão marca mais um capítulo na luta contra organizações criminosas que utilizam redes de apoio fora dos presídios para expandir suas ações. O caso reforça a necessidade de monitoramento específico de profissionais que, aproveitando suas funções legais, colaboram com atividades ilícitas.

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