Pressione ESC para sair

Democrático News | Portal de Notícias | Agronegócio | Beleza | Bem Estar | Cidade | Cultura | Economia | Eventos | Esporte | Justiça | Política | Eleições | Saúde A informação que conecta, a voz que mobiliza

Alta abstenção marca eleição em Goiânia e levanta questionamentos sobre a participação eleitoral

Com índice de abstenção de 34,2%, Goiânia registra segunda maior taxa entre as capitais brasileiras no segundo turno

A eleição para prefeito de Goiânia, vencida por Sandro Mabel (UB) com 55,53% dos votos válidos, evidenciou um dado alarmante: 34,2% dos eleitores da capital goiana optaram por não comparecer às urnas. O índice de abstenção alcançou 352.393 eleitores, tornando-se o segundo maior entre as capitais do Brasil, ficando atrás apenas de Porto Alegre, onde a taxa foi de 34,83%.

Queda na participação e desconfiança eleitoral

A ausência maciça nas urnas em Goiânia acompanha uma tendência nacional de queda na participação do eleitorado em segundo turno. De acordo com a Justiça Eleitoral, o índice de abstenção foi significativamente maior neste segundo turno, comparado ao primeiro, quando 28,23% dos eleitores goianienses não participaram. Esse aumento reflete uma possível desconfiança dos eleitores tanto no processo eleitoral quanto nos candidatos disponíveis.

Essa realidade é especialmente preocupante diante da importância das eleições para cargos executivos municipais. Em declarações recentes, autoridades do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostraram-se atentas ao problema e sugeriram que análises e iniciativas serão discutidas para tentar reverter essa tendência.

Impacto da abstenção em capitais brasileiras

Além de Goiânia e Porto Alegre, outras capitais registraram taxas de abstenção superiores a 30%, como Belo Horizonte e São Paulo. Cidades de grande porte enfrentaram desafios como clima adverso, problemas logísticos e um aumento no desinteresse do eleitorado, o que contribuiu para os índices elevados de ausência.

Segundo a ministra Cármen Lúcia, do TSE, esses dados preocupantes levaram o Tribunal a abrir um levantamento sobre as causas da abstenção. A intenção é mapear os motivos da baixa participação e encontrar medidas que incentivem o voto, especialmente em contextos de segundo turno. “Precisamos garantir um processo acessível e confiável para todos os cidadãos, independente das circunstâncias locais”, afirmou a ministra.

Veja abaixo a lista completa das capitais com maior índice de abstenção do Brasil (Dados do TSE): 
  • 1 – Porto Alegre 34,83%
  • 2 – Goiânia 34,20%
  • 3 – Belo Horizonte 31,95%
  • 4 – São Paulo 31,54%
  • 5 – Porto Velho 30,63%
  • 6 – Curitiba 30,37%
  • 7 – Natal 26,00%
  • 8 – Palmas 25,73%
  • 9 – Cuiabá 25,73%
  • 10 – Belém 25,19%
  • 11 – Aracaju 25,16%
  • 12 – Manaus 23,39%
  • 13 – João Pessoa 22,84%
  • 14 – Fortaleza 15,84%
  • 15 – Campo Grande 12,47%
Desafios para a nova gestão

Com a vitória de Mabel, a nova administração de Goiânia assume com o desafio de conquistar a confiança de um eleitorado que, em grande parte, optou por se ausentar do processo eleitoral. Ao mesmo tempo, o aumento na abstenção indica uma possível crise de representatividade que vai além dos candidatos eleitos, refletindo um distanciamento entre eleitores e o poder público.

Para especialistas, um dos caminhos para reverter esse cenário é o investimento em iniciativas que reforcem a transparência, responsabilidade e participação política nas cidades. Dessa forma, as gestões municipais poderiam se aproximar mais das demandas e preocupações dos cidadãos, incentivando uma cultura de participação mais ativa em pleitos futuros.

Os próximos meses serão cruciais para o novo prefeito de Goiânia e para o TSE, que prometeu agir com medidas e aprimoramentos visando uma recuperação da participação democrática nas eleições futuras.

Leia também:

Daniela Bragança

Democrático News | A informação que conecta, a voz que mobiliza