
Imunizante injetável é o novo padrão, enquanto Zé Gotinha mantém seu status como símbolo da vacinação.
A partir desta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde encerra a aplicação da vacina oral poliomielite (VOP), a conhecida gotinha. Em seu lugar, entra em cena a vacina inativada poliomielite (VIP). Portanto, a mudança, anunciada em julho de 2023, vai alterar o calendário vacinal do país.
Novo esquema vacinal
Com a nova regra, as vacinas injetáveis serão aplicadas em quatro etapas: aos dois, quatro e seis meses, além de um reforço injetável aos 15 meses. O que era rotina para os pais, a aplicação da gotinha aos quatro anos, agora faz parte do passado. O Brasil se alinha a práticas de países como Estados Unidos e Inglaterra, que também abandonaram a gotinha.
A VOP, introduzida no Brasil na década de 1960, contém o vírus da pólio vivo e enfraquecido. Embora tenha sido um pilar na luta contra a poliomielite, essa vacina apresenta riscos. Contudo, o Ministério da Saúde alerta que, após ser eliminado nas fezes, o vírus pode sofrer mutações e provocar doenças em pessoas não vacinadas. Por outro lado, a VIP, criada pelo médico Jonas Salk, utiliza o vírus inativado e não causa a doença.
O futuro de Zé Gotinha
Apesar da troca de imunizantes, o famoso Zé Gotinha não deixará de ser utilizado. O personagem, um ícone da vacinação brasileira desde 1986, continuará a aparecer nas campanhas. Além disso, com seu formato simpático, Zé Gotinha representa a luta contra a poliomielite, um marco importante que, mesmo em tempos de mudança, ainda carrega um legado significativo.
Com essa nova estratégia de vacinação, o Brasil busca se alinhar a práticas globais mais seguras. O impacto da mudança nas taxas de vacinação será monitorado. Enquanto isso, o Zé Gotinha segue firme, um lembrete do que foi, mas sem mais poder atuar na proteção dos pequenos contra a poliomielite.
*Com informações da Folha de São Paulo
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