Pressione ESC para sair

Democrático News | Portal de Notícias | Agronegócio | Beleza | Bem Estar | Cidade | Cultura | Economia | Eventos | Esporte | Justiça | Política | Eleições | Saúde A informação que conecta, a voz que mobiliza

Caiado questiona Governo Federal sobre leitos do HC-UFG durante crise na saúde em Goiânia

Governador critica falta de apoio em meio a intervenção estadual e denúncias de corrupção.

Durante a cerimônia de diplomação dos eleitos em Aparecida de Goiânia nesta terça-feira (17), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, criticou a ausência de uma resposta do Governo Federal diante do colapso da saúde em Goiânia. Caiado cobrou explicações sobre os mais de 200 leitos supostamente fechados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), enquanto o Estado atua para absorver a demanda.

Temos hospitais estaduais sobrecarregados para atender os pacientes que não conseguem vaga na capital. É um colapso real. Agora, cadê o apoio do Governo Federal? Onde está o HC-UFG, que tem capacidade para mais de 200 leitos, mas segue parado?”, questionou Caiado.

A fala ocorre em meio à crise enfrentada pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, que levou à intervenção estadual determinada pela Justiça. O médico Márcio de Paula Leite foi nomeado interventor no último dia 11 de dezembro para tentar reorganizar a rede municipal, marcada por falta de insumos, paralisações e mortes de pacientes à espera de leitos de UTI.

Hospital das Clínicas rebate acusações

Em nota, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela gestão do HC-UFG, negou que haja leitos fechados. Segundo a estatal, a unidade conta com 289 leitos ativos e ampliou recentemente a oferta com 16 novas vagas de UTI — sendo 10 pediátricas e 6 para adultos.

“Há um espaço físico planejado para 240 leitos, mas eles ainda não existem na prática. Essa expansão depende de planejamentos e recursos que vêm sendo discutidos há anos”, esclareceu a Ebserh. A estatal também afirmou que, até o momento, o interventor da saúde não fez nenhuma solicitação formal de apoio ao hospital.

Operação policial expõe fraudes na saúde municipal

Paralelamente, a Polícia Civil cumpriu mais cinco mandados de prisão e 17 de busca e apreensão, como parte da investigação sobre o desvio de R$ 10 milhões da Secretaria de Saúde de Goiânia. A operação, deflagrada nesta terça-feira, amplia as denúncias de corrupção que resultaram na prisão do ex-secretário Wilson Pollara no final de novembro.

A crise financeira e administrativa impactou diretamente a rede municipal, provocando paralisações, falta de materiais básicos e mortes de pacientes. A intervenção estadual busca, agora, reorganizar os atendimentos e retomar a normalidade.

O cenário expõe um embate entre os governos estadual e federal, enquanto a população segue enfrentando as consequências de um sistema de saúde em colapso.

Nota do HC-UFG/Ebserh:

O HC-UFG/Ebserh informa que recentemente, e de maneira espontânea, abriu 10 novos leitos de UTI pediátricos e outros 6 leitos de UTI adultos, tendo informado e disponibilizado de imediato os serviços às secretarias municipal de Goiânia e estadual de saúde.

É importante ressaltar que atualmente a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, que é quem pactua serviços com o HC-UFG, está com interventor nomeado pelo estado de Goiás.

A unidade hospitalar não foi procurada pela equipe de intervenção até o momento. O HC-UFG e a Ebserh, estatal do Ministério da Educação que faz a gestão da unidade, estão à disposição dos gestores locais, para seguir contribuindo.

O HC-UFG não tem leitos fechados. Temos um espaço físico, no Edifício de Internação, com capacidade para ofertar mais 240 leitos. Hoje temos 289 leitos ativos e com a possibilidade de abrirmos 240 novos leitos. Porém, esse é um planejamento que vem sendo feito ao longo de anos por várias administrações federais, pois a construção do Edifício de Internação levou cerca de 20 anos.

É importante ressaltar que em nenhum momento o interventor solicitou ao HC ou à Ebserh a abertura de novos leitos

Leia também: