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Câmara de Gouvelândia se pronuncia sobre a prisão de vereador por transporte de drogas, mas resposta não inclui medidas concretas

Após o episódio envolvendo um vereador, a Câmara de Gouvelândia se manifestou sobre prisão por transporte de drogas em veículo oficial, mas especialistas defendem que medidas firmes e imediatas são necessárias para preservar a imagem do Legislativo.

A presidência da Câmara de Gouvelândia emitiu nota sobre a prisão de um vereador, acusado de transportar drogas em veículo do município, afirmando que acompanha a investigação e aguarda o desfecho judicial. Na última quarta-feira, a Polícia Militar de Goiás prendeu em flagrante um vereador de Gouvelândia, que estava transportando drogas em um veículo oficial do município. O parlamentar foi abordado em uma rodovia estadual durante uma operação de rotina da PM.

A revista no veículo resultou na apreensão de 60 kg de entorpecentes, configurando um caso de flagrante. A detenção do vereador chocou a população pelo fato do político estar em posição de possível “criminoso” quando deveria acompanhar a aplicação dos recursos públicos, garantir a transparência nas ações do governo e denunciar irregularidades.

Posicionamento da Câmara Municipal de Gouvelândia

Procurados pelo DemocráticoNews, a Câmara Municipal de Gouvelândia enviou uma nota oficial afirmando que tomou conhecimento da prisão por meio da imprensa e que acompanha as investigações com preocupação. A instituição destacou seu compromisso com a transparência e a responsabilidade pública, afirmando que tomará medidas para preservar a imagem do Legislativo.

Estamos atentos ao andamento das investigações e confiamos na atuação da Justiça para assegurar os direitos de defesa do acusado”, disse o presidente da Câmara, sem anunciar medidas específicas no momento.

O órgão afirmou que as instituições responsáveis pelo caso atuarão com rigor e imparcialidade. Além disso, destacou que está disposta a colaborar com as autoridades e que, ao término do inquérito, avaliará possíveis sanções internas ao vereador.

Especialistas recomendam ações disciplinares

O advogado Jorge Bruno da Silva, especializado em Direito Administrativo, considera que a Câmara deve instaurar um processo disciplinar interno imediato para lidar com a situação. De acordo com ele, a gravidade das acusações sugere que o Legislativo deveria suspender temporariamente o vereador, sinalizando uma posição rigorosa diante de alegações sérias como essas.

A suspensão é uma medida preventiva importante para proteger a instituição e demonstrar transparência. A população espera que o Legislativo reaja de forma compatível com os valores da função pública”, explicou o advogado.

O advogado ressaltou que a Câmara deve fiscalizar a aplicação do orçamento e garantir o uso correto dos recursos públicos. Na ocasião, o vereador foi flagrado transportando drogas em um veículo da Secretaria Municipal de Saúde, configurando o uso indevido do patrimônio público. Bruno defendeu que uma investigação interna seria um sinal de comprometimento com a ética dos parlamentares. Para ele, ações concretas ajudariam a afastar suspeitas de impunidade em casos envolvendo servidores públicos.

Investigação busca mais detalhes sobre o caso

A Polícia Civil assumiu a liderança nas investigações, com o objetivo de apurar a procedência das drogas e entender o nível de envolvimento do vereador. Entre as prioridades, está identificar como o veículo oficial foi utilizado para fins ilegais e se há outras pessoas associadas ao transporte dos entorpecentes.

A apuração envolve tanto o rastreamento do material apreendido quanto a análise dos passos do vereador nos dias que antecederam sua prisão. Os detalhes sobre o caso permanecem sob sigilo para não comprometer o andamento das investigações.

Outras etapas devem incluir interrogatórios com pessoas próximas ao parlamentar, além da avaliação dos recursos públicos que possam estar envolvidos. A Polícia Civil não descartou a possibilidade de novas prisões, caso se identifique uma rede de tráfico maior associada ao crime, e continua trabalhando para esclarecer todos os aspectos e espera concluir a investigação nas próximas semanas.

O Ministério Público de Goiás se manifestou afirmando que a prisão preventiva do vereador foi decretada durante audiência de custódia em Goiânia nesta sexta-feira (25). E que o caso foi encaminhado às Promotorias de Quirinópolis para apurar possíveis atos de improbidade administrativa, devido ao uso de um veículo oficial no transporte de drogas. A juíza determinou ainda que os autos sejam enviados à Câmara Municipal de Gouvelândia para abertura de um processo de cassação do mandato.

(*) Matéria atualizada as 19:02 para inclusão do posicionamento do Ministério Público.

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Daniela Bragança

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