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Conselho Federal de Medicina mantém cassação de médico acusado de deformar pacientes

Decisão foi divulgada no Diário Oficial da União, e defesa do médico estuda recorrer.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) confirmou a cassação do registro profissional do médico Wesley Noryuki Murakami, acusado de deformar pacientes durante procedimentos estéticos em Goiás e no Distrito Federal. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na última quarta-feira (25), após revisão do Tribunal Superior de Ética Médica.

A defesa de Murakami questiona o processo disciplinar, alegando falhas e erros. Segundo os advogados, ainda não houve notificação oficial sobre a decisão. A equipe jurídica estuda levar o caso ao Judiciário na tentativa de reverter a cassação.

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) e o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) informaram que não foram oficialmente comunicados sobre a decisão do CFM até o momento.

Condenações judiciais

Wesley Murakami já havia sido condenado em processo criminal a 9 anos, 10 meses e 10 dias de prisão por lesão corporal gravíssima. Entre 2013 e 2018, nove vítimas, incluindo oito mulheres e um homem, relataram que os procedimentos realizados pelo médico resultaram em deformidades físicas e danos psicológicos severos, como quadros depressivos.

A sentença judicial afirma que Murakami não tinha autorização do Conselho Regional de Medicina de Goiás (CRM-GO) para realizar os procedimentos estéticos e utilizou substâncias como polimetilmetacrilato (PMM) e toxina botulínica sem a habilitação adequada. As vítimas enfrentaram longos e dolorosos processos de recuperação, com sequelas permanentes, sendo que algumas delas ainda tiveram que recorrer a cirurgias reparadoras sem a assistência do médico.

Além da cassação e da pena de prisão, Murakami foi condenado a pagar indenizações que totalizam mais de R$ 80 mil a duas vítimas.

Repercussão e próximos passos

Apesar da cassação confirmada pelo CFM, a defesa de Wesley Murakami deve recorrer ao Poder Judiciário para tentar reverter a decisão. O caso continua a repercutir devido à gravidade das acusações e ao impacto na vida das vítimas.

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Daniela Bragança

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