
*Bisnaga ou pão de forma estão no topo das prioridades — Foto: Montagem/Freepik e Reprodução da internet
Consumo de pães industrializados cresce no Brasil; Goiás destaca-se com o pão francês, enquanto a demanda por pão de forma avança
No Dia Mundial do Pão, celebrado em 16 de outubro, o mercado de panificados no Brasil revela dados interessantes sobre as preferências de consumo entre os brasileiros. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) e a Kantar Brasil, o consumo de pães industrializados registrou um aumento expressivo em 2024. Entre janeiro e agosto, foram vendidas 505.805 toneladas de pão de forma, representando um crescimento de 6,8% em relação ao mesmo período de 2023. O faturamento do setor também subiu, atingindo R$ 10 bilhões, acima dos R$ 9,23 bilhões registrados no ano passado.
Preferências do consumidor brasileiro
Mas o que o brasileiro prefere na hora de comprar pão? O pão de forma lidera as vendas, representando 36,84% do faturamento da categoria, seguido pelo pão comum, com 36,51%, e a bisnaga, com 7,4%. Esse aumento no consumo de pães industrializados reflete uma tendência de buscar praticidade. O presidente-executivo da Abimapi, Claudio Zanão, destaca que “o aumento do consumo de pães industrializados reflete a busca por conveniência e valor nutricional, especialmente após a pandemia”.
Goiás: pão francês lidera, mas demanda por pão de forma cresce
Em Goiás, o tradicional pão francês — ou “pão de sal” — é o preferido dos consumidores, segundo a Fecomércio-GO e o Sindicato das Indústrias de Panificação. No entanto, há um crescimento notável na procura por pão de forma e outras opções industrializadas, seguindo a tendência nacional por produtos práticos e de fácil acesso. Com mais de 3.000 panificadoras em operação, o setor goiano de panificação movimenta milhões de reais anualmente, reforçando sua relevância na economia estadual. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que o mercado goiano responde rapidamente às novas tendências de consumo, adaptando-se ao aumento da demanda por alternativas que unam praticidade e valor nutricional.
Consumo regional: destaque para o Norte, Nordeste e São Paulo
Em termos regionais, as preferências variam de forma marcante pelo país. No Norte e Nordeste, o pão de forma domina as prateleiras, com 60.238 toneladas vendidas até agosto de 2024, correspondendo a 38,74% do faturamento dessas regiões. Já em São Paulo, a preferência se volta para o pão comum, que representa a maior parte das vendas, especialmente na Grande São Paulo e no interior do estado, onde foram registradas 104.212 toneladas de pão comum.
Mudança no perfil de consumo e impulso ao mercado
O aumento no consumo de pães industrializados também está ligado ao cenário econômico atual, marcado pela retomada gradual e pela busca por produtos que aliem conveniência e praticidade. Esse novo perfil de consumo, que se fortaleceu após a pandemia, reflete o movimento dos brasileiros em busca de alimentos rápidos e nutritivos. Além disso, consumidores têm se mostrado mais atentos ao valor nutricional, o que impulsiona as vendas de pães integrais e com maior teor de fibras, alinhando-se com a tendência de opções mais saudáveis e práticas.
No Dia Mundial do Pão, o setor de panificação brasileiro exibe um mercado em transformação, adaptando-se às novas preferências regionais e ao perfil dos consumidores. A evolução constante do setor de panificação reflete a resposta a essas demandas e o papel do pão como um dos alimentos mais consumidos em todo o país.
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