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Dupla é presa por esquema de fraudes em aluguel e engana, ao menos, 10 vítimas em Goiás 

Criminosos atraíam vítimas com anúncios falsos nas redes sociais e movimentavam valores em contas bancárias abertas em nome próprio 

Nos dias 27 e 30 de setembro, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu dois homens envolvidos em um esquema de fraudes de aluguel que enganou, ao menos, 10 vítimas. A operação foi realizada pela 4ª Delegacia Distrital de Polícia de Goiânia, com um dos suspeitos sendo detido em flagrante. O golpe, que usava anúncios falsos de imóveis nas redes sociais, resultou em movimentações financeiras ilegais por meio de dezenas de contas bancárias criadas pelos criminosos. 

A primeira prisão ocorreu na sexta-feira, 27 de setembro, no Setor Retiro do Bosque, em Aparecida de Goiânia. Leonardo Ferreira Santos, cúmplice no esquema, foi detido em flagrante enquanto facilitava a movimentação do dinheiro fraudulento. Em apenas dois meses de 2024, ele havia aberto 10 contas bancárias para receber os valores pagos pelas vítimas. Leonardo já tinha registros por crimes de estelionato e apropriação indébita, práticas comuns em suas operações.

Na segunda-feira, 30 de setembro, a Polícia Civil prendeu Túlio Dias Gomes, considerado o principal responsável pelo esquema. A prisão ocorreu no Residencial Santa Luzia, também em Aparecida de Goiânia, durante o cumprimento de mandados de prisão preventiva e busca e apreensão. Túlio, que também acumula um histórico criminal envolvendo furto, receptação, e diversos estelionatos, foi identificado como o operador de 32 contas bancárias usadas para movimentar os valores obtidos de forma fraudulenta.

O golpe consistia em falsos anúncios de imóveis disponíveis para aluguel no Marketplace do Facebook, onde os criminosos copiavam imagens de sites de locação e apresentavam-se como corretores ou proprietários. As vítimas, ao se interessarem pelos imóveis, eram induzidas a pagar um sinal correspondente ao valor do primeiro aluguel. O contato com os interessados era mantido pelo WhatsApp, onde os criminosos usavam falsas identidades, inclusive de militares do Exército, e criavam desculpas para justificar o atraso na entrega das chaves, como viagens dos supostos proprietários.

Uma das vítimas, que teve o imóvel de sua propriedade anunciado sem autorização, foi ouvida durante as investigações. O proprietário, dono de um flat no Setor Bueno, afirmou desconhecer o uso de suas fotos em tais fraudes.

Além dos golpes de aluguel, o grupo também diversificava suas atividades criminosas, aplicando fraudes relacionadas a empréstimos, aumento de crédito de cartões e até golpes em aplicativos de carona. Em alguns casos, eles solicitavam dinheiro para adiantar o combustível de supostas corridas de carona.

Prisões e investigação

Os suspeitos foram autuados por crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, falsa identidade e fraude eletrônica, conforme os artigos 288, 299, 307 e 171, §2º-A do Código Penal Brasileiro. As autoridades divulgaram imagens e informações pessoais dos criminosos, incluindo perfis falsos em redes sociais, utilizados para aplicar os golpes.

As contas bancárias e chaves PIX, em nome dos suspeitos, estão sendo investigadas, e a polícia trabalha com a possibilidade de encontrar mais vítimas, considerando que, em alguns casos, houve encontros presenciais entre os fraudadores e as vítimas, onde eles se passaram por outras pessoas.

Um dos perfis falsos mais utilizados no esquema era o de “Roberto Miranda”, no Facebook. O perfil foi criado para dar credibilidade aos golpes e está sendo divulgado para que eventuais vítimas possam identificá-lo e colaborar com as investigações.

A Polícia Civil segue com as investigações e orienta que possíveis vítimas entrem em contato para registrar as fraudes. A expectativa é que o número de pessoas lesadas pelo esquema criminoso aumente nas próximas semanas, à medida que as denúncias sejam formalizadas.

A investigação, iniciada após várias denúncias de vítimas que pagaram por imóveis inexistentes, segue em curso, com novas informações sendo coletadas para garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados pelos crimes.

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Daniela Bragança

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