Acusados tramaram crime motivado por dívida de R$ 320 mil; provas e testemunhos reforçam a acusação.
Na última sexta-feira (20), o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida em Goiânia, decidiu que Henrique Pacheco de Almeida e Edgar Silva Primo enfrentarão julgamento pelo assassinato de Brunno Baylão Lobo. O crime, ocorrido em 15 de fevereiro de 2024, às 6h30, na rua Natália Meireles Junqueira, foi motivado por uma dívida de R$ 320 mil, segundo denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO).
Durante a análise do caso, o juiz destacou a gravidade das provas apresentadas, que apontam para a responsabilidade dos acusados. “A decisão de levar o caso ao Tribunal do Júri confirma que houve um crime doloso, que deve ser julgado por esse órgão”, afirmou o magistrado.
O juiz acrescentou que as evidências demonstram a ocorrência do crime. “Verifico a presença dos requisitos necessários para a decisão de pronúncia. A evidência está comprovada e há indícios de autoria que pesam contra os denunciados”, declarou.
O Crime
As investigações revelaram que Edgar, proprietário do “Laticínio IBL”, acumulou uma dívida de R$ 320 mil com Brunno, que revendia os queijos da empresa e intermediava descontos de cheques com agiotas. Para escapar dessa obrigação, Edgar contratou Henrique, oferecendo R$ 15 mil para executar o crime. No dia 14 de fevereiro de 2024, Henrique tentou matar Brunno, mas sua abordagem como entregador foi frustrada por um funcionário.
No dia seguinte, 15 de fevereiro, Edgar chegou à casa de Brunno às 5h40, supostamente para entregar queijos, enquanto Henrique aguardava armado em um local próximo. Quando Brunno abriu o portão da garagem, Henrique se aproximou e disparou várias vezes, atingindo a vítima em diversas partes do corpo. Após o crime, Henrique fugiu em sua motocicleta, passando ao lado de Edgar, que presenciou a cena.
*Com informações do TJGO
