
A condenação dos empresários visa coibir fraudes em licitações públicas e garantir a responsabilização pelo desvio de recursos destinados à saúde.
Dois empresários de Formosa foram condenados pela Justiça por crimes de falsificação de documentos e fraude em processos licitatórios envolvendo a compra de medicamentos com recursos públicos. Cláudio Santana dos Santos e José Admilson de Oliveira, denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), praticaram os crimes entre 2020 e 2021, no contexto da Operação Capésius, que investigaram o desvio de cerca de R$ 2 milhões do Fundo Municipal de Saúde.
Cláudio Santana foi condenado a 8 anos e 2 meses de reclusão, com regime inicial fechado e 93 dias-multa, enquanto José Admilson recebeu pena de 7 anos e 4 meses de reclusão, em regime semiaberto, além de 85 dias-multa. A fraude foi identificada durante o processo de compra de medicamentos judicializados, com dispensa de licitação, que visava atender a ordens judiciais para fornecimento de medicamentos à população.
Segundo a denúncia, os empresários utilizaram documentos falsificados para garantir a vitória de sua empresa, a JA Medicamentos, nas dispensas de licitação. Para isso, orçamentos falsificados e alterações ideológicas em documentos registrados na Junta Comercial de Goiás (Juceg), ocultando o verdadeiro proprietário da empresa, que, na prática era José Admilson, mas que figurava como sócio oculto. O esquema fraudulento teve como objetivo garantir que a JA Medicamentos fosse fornecedora dos itens, distorcendo a competitividade dos processos licitatórios.
A operação, deflagrada em setembro de 2021, foi coordenada pelos promotores de Justiça Douglas Chegury e Ramiro Carpenedo Martins Netto, que identificaram o uso indevido de documentos falsos em diversos processos de dispensa de licitação. Os acusados fraudaram o caráter competitivo de licitações, como o pregão para a compra de suplementos alimentares, com o intuito de garantir vantagem para a empresa de Cláudio e José Admilson.
Com a publicação, os empresários terão que cumprir as penas impostas, e a Justiça busca garantir a proteção de crimes que envolvam recursos públicos destinados à saúde. O caso destaca a importância de se coibir fraudes em licitações e garantir que os recursos públicos sejam usados de maneira adequada e transparente.
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