
Daniel Antônio de Carvalho foi condenado pelos assassinatos brutais de sua esposa e enteada de 10 anos, em um caso que envolveu estupro, cárcere privado e ocultação de cadáver.
O entregador Daniel Antônio de Carvalho foi condenado a 57 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelos crimes de homicídio, estupro, ocultação de cadáver, cárcere privado e resistência à prisão. A sentença foi proferida pela Justiça de Goiás, que julgou Daniel pelos assassinatos de sua esposa, Jucilene Costa da Silva, e da enteada, Larissa Costa Noleto, de 10 anos.
O crime ocorreu em julho de 2022, em Goiânia, e gerou grande comoção devido à brutalidade dos atos. Segundo a investigação da Polícia Civil, Daniel estuprou a enteada e a matou por enforcamento, antes de assassinar a mãe a facadas. Os corpos das duas vítimas foram encontrados carbonizados na cidade de Guapó, na Região Metropolitana da capital.
Tentativa de fuga e resistência à prisão
Durante sua captura pela polícia, Daniel tentou escapar de uma casa no bairro Jardim Liberdade, em Goiânia. Ele jogou o carro contra os agentes, quebrando o portão da residência e colidindo com a viatura. O Ministério Público o denunciou também por resistência à prisão, entre outros crimes.
Na defesa apresentada, foi alegado que Daniel não tinha a intenção de ferir os policiais, mas apenas fugir. A defesa também buscou a reclassificação desse crime para desobediência, alegando inconsistências nas provas.
Confissão e versão da defesa Em depoimento à polícia, Daniel confessou o estupro e o homicídio da enteada durante o ato sexual, além de ter assassinado Jucilene em seguida. Para o delegado Pedro Trajano, responsável pelo caso, o réu descreveu os detalhes dos crimes, afirmando que agiu sob efeito de drogas.
A defesa de Daniel argumentou que ele teria sofrido um surto psicótico durante os crimes e que sua intenção ao fugir era apenas escapar, e não matar os policiais envolvidos na operação. Mesmo após a condenação, os advogados de defesa sinalizaram a possibilidade de recorrer da decisão, buscando revisão em instâncias superiores.
Ocultação dos corpos e envolvimento de comparsa
Após cometer os assassinatos, Daniel teria contado com a ajuda de um comparsa, Alessandro Pereira, para transportar e queimar os corpos das vítimas em Guapó. Alessandro também responde judicialmente pelo crime de ocultação de cadáver. Durante dois dias, enquanto os corpos permaneciam escondidos, Daniel trancou suas outras duas enteadas em um quarto e levou o filho caçula de Jucilene para a casa da avó materna.
Nesse período, Daniel inventou versões diferentes para justificar o desaparecimento de Jucilene e Larissa, enganando familiares e amigos das vítimas. O Ministério Público detalhou que ele tentou despistar qualquer suspeita enquanto arquitetava o plano de ocultação dos corpos.
Repercussão e continuidade do caso
O caso continua repercutindo fortemente em Goiânia, onde familiares das vítimas pedem justiça. A brutalidade dos crimes e a tentativa de ocultação têm gerado indignação, e a condenação de Daniel foi recebida como um passo importante no processo judicial. Entretanto, a defesa já trabalha em um recurso para tentar reduzir a pena ou reverter alguns dos crimes pelos quais ele foi condenado.
O comparsa Alessandro Pereira também deve enfrentar julgamento pelos atos que cometeu, enquanto a sociedade acompanha atentamente o desenrolar das próximas etapas do processo.
Nota de posicionamento da defesa
Na qualidade de advogado de defesa do réu, venho a público esclarecer alguns pontos referentes à condenação do acusado, conforme sentença proferida pelo Juízo da 3ª Vara Criminal e Tribunal do Júri.
Direito à Defesa: A defesa apresentou argumentos robustos, pautados em evidências e testemunhos, com o objetivo de garantir que todos os aspectos do caso fossem devidamente analisados. Reiteramos o compromisso com o devido processo legal e a presunção de inocência, princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito.
Aspectos Processuais: Durante o processo, foram observadas todas as etapas previstas pela legislação vigente. A defesa sempre atuou de forma diligente, visando assegurar o exercício pleno dos direitos processuais do acusado, incluindo o direito à ampla defesa e ao contraditório.
Recursos: Informamos que, após a publicação da sentença, a defesa já estuda as possibilidades de recorrer da decisão, considerando que há pontos que, em nossa avaliação, podem ser objeto de reanálise pelas instâncias superiores. Nosso objetivo é garantir que a justiça seja plenamente alcançada, sempre observando os limites impostos pela legislação e pela Constituição Federal.
Esclarecimentos à Imprensa: Reforçamos que, em respeito ao sigilo processual e à dignidade das partes envolvidas, não forneceremos detalhes específicos do processo. No entanto, estamos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas de cunho jurídico que não violem o segredo de justiça.
Por fim, reafirmamos nossa confiança no Poder Judiciário e no sistema de justiça brasileiro, e continuaremos a atuar com firmeza e ética na defesa dos direitos de nosso cliente.
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