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Explosão no STF: homem vestido de Coringa tenta atentado

Jhualisson Veiga — do DemocráticoNews

Na noite desta quarta-feira (13), Brasília viveu momentos de tensão com um ataque que abalou a segurança na Praça dos Três Poderes, onde estão localizadas algumas das principais instituições do país. Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, protagonizou um atentado em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), vestido como o personagem Coringa, conhecido pelo seu comportamento anárquico e violento nos quadrinhos e filmes.

Era por volta das 21h, quando testemunhas relataram ouvir duas explosões nas proximidades do STF. Contudo, Francisco, que já era conhecido nas redes sociais por postagens agressivas contra o governo e figuras públicas, foi visto arremessando artefatos explosivos próximo à estátua da Justiça, em frente ao tribunal. Durante a ação, o próprio homem foi atingido por um dos dispositivos que ele mesmo havia lançado, resultando assim em sua morte.

A polícia e as equipes de segurança do STF agiram assim rapidamente para conter a situação e isolaram a área. O Corpo de Bombeiros foi acionado para realizar uma varredura em busca de outros possíveis explosivos. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, Francisco teria deixado mensagens nas redes sociais anunciando um “grande acontecimento” para a noite de 13 de novembro. Além disso, Ele ainda alegou que suas ações seriam apenas o começo de uma série de ataques que se estenderiam até o dia 16.

Quem era Francisco Wanderley Luiz?

Francisco, mais conhecido online como “Tiu França”, era uma figura conhecida por sua retórica inflamada contra o governo. Ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul, Santa Catarina, ele utilizava suas redes sociais para expressar descontentamento e fazer ameaças a figuras que considerava “inimigos políticos”. Nas últimas semanas, ele intensificou suas postagens, afirmando que faria algo impactante e que estava disposto a se sacrificar por suas convicções.

No dia do ataque, ele apareceu usando um paletó estampado com naipes de baralho, remetendo ao traje icônico do personagem Coringa, o que para muitos simboliza um ato de desafio à ordem e à autoridade. Em uma de suas últimas postagens, Francisco chegou a dizer: “Deixaram a raposa entrar no galinheiro”, insinuando que o ataque ao STF era inevitável.

O ataque rapidamente mobilizou a segurança em Brasília. O ministro da Justiça, Flávio Dino, condenou o atentado e anunciou uma investigação rigorosa para entender a motivação por trás do ato. Em suas redes sociais, Dino afirmou que “a violência política não pode encontrar espaço em nossa sociedade” e que o governo adotará medidas para reforçar a segurança em edifícios públicos.

As autoridades ainda investigam se Francisco agiu sozinho ou se estava ligado a algum grupo extremista. Segundo a Polícia Federal, já havia um monitoramento sobre possíveis ameaças extremistas após alerta de segurança compartilhados por órgãos internacionais, como o FBI, devido ao clima de polarização crescente no país.

Repercussão nas redes sociais

O ataque rapidamente se tornou um dos principais assuntos nas redes sociais. Diversas figuras públicas se manifestaram repudiando a violência. O ministro da justiça, Flavio Dino, lamentou o ocorrido: “A justiça segue firme e serena”. Políticos de diferentes espectros ideológicos uniram-se em condenação ao atentado, pedindo união e serenidade em tempos de divergência política.

Grupos pró-democracia utilizaram suas plataformas para defender a necessidade de proteger o STF como guardião das leis e da ordem constitucional, enquanto setores mais radicais usaram o evento para alimentar teorias conspiratórias, culpando o próprio governo por supostamente tentar gerar um “clima de pânico”.

As forças de segurança estão em alerta máximo enquanto investigam se há risco de novos ataques. Segundo especialistas, é necessário reforçar o monitoramento de redes sociais para identificar potenciais ameaças antes que estas se concretizem em ações violentas. No entanto, o atentado em Brasília reabriu o debate sobre o papel das plataformas digitais na disseminação de discursos de ódio assim como na radicalização de indivíduos.

Em entrevista à imprensa, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, garantiu que “todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para que ataques como este não se repitam”. O governo local também informou ainda que reforçará a segurança em outros pontos críticos da cidade, especialmente em momentos de grande movimentação pública.

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