
Estratégia prevê medidas para prevenção de desastres em áreas de risco, com previsão de conclusão até 2026
Nessa terça-feira (29/10), a Prefeitura de Goiânia esteve reunida com representantes da Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades e o Serviço Geológico do Brasil (SGB) para discutir o início do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). Esse plano visa o mapeamento e o desenvolvimento de medidas para enfrentar alagamentos e deslizamentos em áreas consideradas vulneráveis da cidade, com o objetivo de minimizar os riscos e proteger os moradores dessas regiões.
A iniciativa surge em resposta ao crescimento de áreas de risco em Goiânia e à frequência de eventos climáticos extremos. O PMRR identificou até agora 34 pontos críticos que demandam atenção urgente. Segundo Robledo Mendonça, coordenador da Defesa Civil, o plano funcionará como uma ferramenta de segurança pública essencial, direcionando as ações tanto para infraestrutura quanto para estratégias de prevenção a desastres.
Desafios e Estratégias para Enfrentamento de Riscos

Mendonça enfatizou que o plano é um marco para a cidade de Goiânia, pois permitirá a criação de um panorama detalhado das áreas suscetíveis a desastres naturais. “Com esse mapeamento, conseguimos definir não só as obras necessárias, mas também as ações não estruturais para minimizar riscos,” afirmou. A integração das informações de Defesa Civil com o estudo geológico do SGB fornecerá uma visão completa dos desafios.
Entre os principais riscos mapeados, estão os problemas hidrológicos, que incluem alagamentos e fortes enxurradas, e os geológicos, que envolvem áreas propensas a deslizamentos. As enchentes e enxurradas são recorrentes em períodos de chuva intensa, e a falta de um planejamento adequado agrava os impactos nas comunidades. Medidas como a construção de sistemas de drenagem e ações preventivas serão priorizadas.
Colaboração Interinstitucional e Foco nas Periferias
A parceria entre a Prefeitura de Goiânia, a Secretaria Nacional de Periferias e o SGB representa um esforço coordenado entre esferas governamentais para enfrentar problemas estruturais históricos. Luiz Belino, consultor técnico do Ministério das Cidades, destacou a importância dessa colaboração, explicando que o envolvimento do Serviço Geológico do Brasil permitirá um estudo detalhado das áreas críticas, incluindo bairros periféricos, onde estão concentrados muitos dos riscos.
“O mapeamento das áreas de risco não é apenas um levantamento de informações técnicas. Trata-se de um esforço conjunto para que Goiânia tenha suporte antes de os desastres ocorrerem”, comentou Belino. Segundo ele, esse conhecimento também facilitará a capacitação da população para lidar com eventos climáticos extremos e fortalecerá a capacidade do município em responder a emergências, além de ser uma ferramenta de gestão a longo prazo para futuras administrações.
Impacto do plano e medidas estruturais e não estruturais

Conforme o estudo avançar, o PMRR definirá duas frentes de atuação: a de medidas estruturais e a de não estruturais. As ações estruturais incluem a construção de obras de infraestrutura, como canais de drenagem, contenção de encostas e reforço de sistemas de escoamento em áreas com alta vulnerabilidade. Já as medidas não estruturais envolvem ações educativas, campanhas de conscientização e a implementação de um sistema de alerta em caso de iminência de desastres.
As equipes técnicas também deverão criar um cronograma com as intervenções prioritárias, conforme o grau de risco de cada região. “A ideia é que, conhecendo os pontos de risco e as soluções, possamos indicar quais áreas precisam de mais atenção em períodos de chuva e estabelecer um plano que vá além das necessidades imediatas,” ressaltou Mendonça.
O PMRR inclui, ainda, medidas de conscientização, como a criação de programas de treinamento para comunidades em áreas vulneráveis. Serão realizados seminários e cursos para orientar a população sobre como agir em situações de risco, fortalecendo a resiliência local e criando uma rede de colaboração entre Defesa Civil, equipes de resposta e a própria população.
Avanços para segurança em Goiânia
A previsão é que o PMRR sirva como um modelo para outras cidades que enfrentam desafios semelhantes, especialmente no que se refere à adaptação climática e à prevenção de desastres naturais. “Queremos deixar um legado de segurança, com um plano que não seja apenas preventivo, mas também estratégico para o crescimento urbano consciente,” destacou Belino.
A expectativa é de que, até 2026, Goiânia tenha um sistema de prevenção sólido e preparado para mitigar os efeitos de mudanças climáticas, protegendo a população e garantindo um futuro mais seguro para os próximos anos.
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