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Goiás inicia estudo inédito para mapear prevalência de diabetes no estado

Um novo estudo, fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o Centro de Referência em Oftalmologia (Cerof) da Universidade Federal de Goiás (UFG), pretende levantar dados inéditos sobre a prevalência de diabetes entre os goianos. A iniciativa visa preencher lacunas deixadas por levantamentos nacionais, como o Vigitel, que se baseia em entrevistas telefônicas e não reflete a realidade específica de Goiás.

A pesquisa tem como objetivo traçar um diagnóstico preciso da população goiana afetada pelo diabetes, além de identificar complicações relacionadas à doença. Segundo o secretário adjunto de Saúde, Sérgio Vencio, a coleta de dados permitirá elaborar políticas públicas mais eficazes para tratar e prevenir essa enfermidade crônica. “Esse levantamento trará um panorama detalhado que, até então, não tínhamos. A ideia é conhecer os números reais para direcionar melhor os recursos e estratégias de saúde”, afirmou.

Metodologia e etapas do projeto

O projeto terá início em Guapó, região metropolitana de Goiânia, onde será realizado um mutirão oftalmológico, com exames de retinografia para detecção de problemas oculares causados pelo diabetes. O procedimento inclui a análise detalhada dos resultados pela equipe da UFG, liderada pelo professor Thiago Rangel. As informações coletadas nesta primeira fase servirão como base para a expansão da pesquisa a outros municípios goianos.

Marcos Ávila, fundador do Cerof, destacou que o estudo utilizará uma metodologia avançada para mensurar a incidência real da doença, algo que há muito tempo era discutido, mas nunca havia sido executado de forma tão abrangente. “Os dados que levantaremos serão fundamentais para projetar novas diretrizes de saúde que poderão ser aplicadas não só em Goiás, mas também em outras regiões do país”, destacou Ávila.

A importância de dados fidedignos

O estudo busca ir além dos números superficiais coletados por outros métodos, permitindo uma compreensão aprofundada do impacto da diabetes na população. Além disso, o levantamento inclui a análise de complicações decorrentes da doença, como retinopatia diabética, uma das principais causas de cegueira em adultos.

A SES oferecerá suporte logístico, como disponibilização de dados de saúde pública e apoio laboratorial, além de contribuir com a regulação e distribuição de insumos durante as fases de campo. Com essa colaboração, a expectativa é de que a coleta de dados seja concluída nos próximos meses, permitindo uma análise robusta para implementação de políticas de saúde.

Impacto esperado na saúde pública

Com a conclusão do estudo, a SES espera não apenas melhorar o atendimento aos pacientes diagnosticados com diabetes, mas também orientar campanhas de prevenção e conscientização da população. Estima-se que, com dados mais precisos, o governo poderá direcionar recursos de forma mais eficiente para o controle da doença, que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), está entre as principais causas de morte no mundo.

O projeto também prevê a replicação da pesquisa em outras cidades goianas para que se obtenha um panorama mais amplo e detalhado da incidência da doença em diferentes regiões do estado. A SES e a UFG acreditam que os resultados dessa parceria inovadora poderão servir de modelo para outros estados brasileiros que enfrentam desafios similares.

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