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Governo Federal mantém suspensão do horário de verão em 2024, mas avalia retorno para 2025

A decisão foi tomada em função de fatores energéticos e econômicos que não justificam a mudança neste ano, mas a discussão ainda permanece em aberto para o futuro.

O governo federal confirmou que o horário de verão não será retomado em 2024. A decisão, anunciada no dia 16 de outubro, seguiu análises conduzidas pelo Ministério de Minas e Energia. Após avaliar as condições atuais do sistema energético do país, o governo concluiu que a reintrodução da medida não seria necessária este ano. No entanto, o retorno do horário de verão para 2025 não foi descartado e será reavaliado conforme os cenários futuros, especialmente os hídricos e energéticos, se ajustarem.

A principal justificativa para a suspensão da medida neste ano está na segurança energética já alcançada, mesmo que com algumas limitações. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que as reservas de água nos principais reservatórios de hidrelétricas apresentaram recuperação moderada, permitindo ao governo manter a estabilidade no fornecimento de energia sem a necessidade de alterar o horário oficial do país. Isso significa que o sistema elétrico está operando dentro da normalidade, sem o risco imediato de apagões ou de sobrecarga nos horários de pico, como poderia ocorrer em situações de maior estresse hídrico.

O horário de verão era tradicionalmente adotado de outubro a fevereiro e consistia no adiantamento dos relógios em uma hora, uma prática que visava aproveitar a maior luminosidade do dia e, assim, economizar energia elétrica, especialmente durante o período noturno. O principal benefício dessa medida era a redução do consumo entre 18h e 20h, um dos horários de maior demanda no Sistema Interligado Nacional (SIN), quando as atividades domésticas e comerciais se sobrepõem, aumentando significativamente o uso de eletricidade.

De acordo com dados técnicos apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a implementação do horário de verão tinha o potencial de reduzir em até 2% o consumo de energia durante esses períodos críticos. Isso ajudava a equilibrar a carga no sistema, principalmente nos estados mais industrializados e urbanizados do Sudeste e Sul do Brasil. Contudo, com o avanço das fontes renováveis e o desenvolvimento de novas tecnologias para gerenciamento do consumo, o impacto da mudança de horário foi diminuindo ao longo dos anos, até ser totalmente extinto em 2019.

O debate sobre a volta da medida ganhou força em 2023 devido à seca mais severa enfrentada pelo país desde 1950, o que aumentou o uso de termelétricas – uma fonte de energia mais cara e poluente. Com o cenário climático adverso, a possível economia de energia proporcionada pelo horário de verão voltou a ser cogitada. O ONS chegou a divulgar estudos que indicavam ganhos de eficiência no sistema com a reintrodução da medida, mas as melhorias nas condições dos reservatórios no final de 2023 e início de 2024, somadas às ações de gestão e investimentos no setor, levaram o governo a concluir que não seria necessário alterar o relógio neste momento.

Além disso, fatores econômicos e logísticos também pesaram na decisão. A adoção do horário de verão implica uma série de adaptações em setores como o de transporte aéreo, que precisam ajustar seus cronogramas de voos nacionais e internacionais com antecedência. Outro aspecto considerado foi a redução do impacto do horário

Daniela Bragança

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