O Tribunal do Júri da comarca de Mineiros condenou Maxwaine Felizardo Rodrigues a 26 anos e 2 meses de reclusão por tentativa de homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado. A decisão foi tomada após a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que alegou a gravidade dos crimes cometidos pelo réu.
Segundo os autos, Maxwaine se dirigiu à residência da mãe de sua ex-companheira, onde começou a gritar do lado de fora, alegando que desejava apenas conversar. Ao ser atendido pela irmã da vítima, o réu invadiu o local e agrediu sua ex-companheira. No momento do ataque, as irmãs e a cunhada da vítima também estavam presentes, e todas foram impedidas de deixar a casa.
O réu, que já possuía antecedentes por violência doméstica, desferiu múltiplos golpes de faca contra a ex-companheira, atingindo áreas vitais do corpo, como a barriga e o peito. O crime foi motivado por uma discussão que se originou após a ex-companheira não atender suas chamadas e por ter passado o dia anterior com seus familiares.
Além da tentativa de homicídio, Maxwaine foi acusado de sequestro e cárcere privado, tendo como vítimas as irmãs da ex-companheira, uma cunhada e uma filha, com a presença dos filhos do casal durante a ação.
A defesa de Maxwaine solicitou a desclassificação da tentativa de homicídio para lesão corporal, pedindo também a exclusão das qualificadoras e a absolvição de outros delitos. Contudo, o Conselho de Sentença rejeitou os argumentos, reconhecendo a autoria e a materialidade dos crimes, além de confirmar a presença das qualificadoras.
Durante a dosimetria da pena, o juiz ressaltou a gravidade dos atos, a frieza demonstrada pelo réu e o fato de que as vítimas eram crianças e familiares próximos. A reincidência em crimes anteriores também foi considerada uma agravante, resultando em uma pena base mais elevada.
Com a condenação, Maxwaine Felizardo Rodrigues deverá cumprir sua pena em regime inicialmente fechado, sem o direito de recorrer da sentença em liberdade. A decisão visa não apenas punir o réu, mas também proteger as vítimas e a comunidade de novas violências.
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