
Após anos de discussões, a possível volta do horário de verão continua a gerar debates entre especialistas e a população. No entanto, o apoio ao ajuste dos relógios, que já foi significativo, está em declínio, com um número cada vez menor de brasileiros favoráveis à medida.
O horário de verão foi uma medida adotada por várias décadas com o objetivo de economizar energia elétrica, aproveitando melhor a luz natural ao adiantar os relógios em uma hora durante os meses mais longos. No entanto, estudos recentes e mudanças nos hábitos de consumo de energia indicam que os benefícios dessa prática se tornaram menos significativos. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), o impacto econômico positivo da mudança nos padrões de consumo elétrico tem sido muito pequeno nos últimos anos, principalmente com o avanço de tecnologias mais eficientes e a crescente demanda por energia em horários não comerciais.
Com isso, o apoio da população ao horário de verão foi diminuindo, uma tendência que vem se intensificando após a suspensão da prática em 2019. Pesquisas indicam que o desconforto causado pela alteração dos horários biológicos, com aumento do cansaço e distúrbios do sono, superam os eventuais benefícios, especialmente em regiões do Brasil onde o impacto da mudança de horário na luz solar é menos perceptível.
Os efeitos sobre a saúde e o bem-estar
A principal crítica ao horário de verão vem dos especialistas em saúde. Eles alertam que a mudança repentina no ciclo de sono pode desregular o relógio biológico, resultando em efeitos negativos sobre a saúde física e mental. “O corpo demora a se adaptar ao novo horário, o que pode causar fadiga, dificuldades de concentração e aumento do estresse”, destaca a Associação Brasileira do Sono.
Desafios climáticos e novas demandas energéticas
Embora a motivação original do horário de verão fosse a economia de energia, a crise climática e o aumento da demanda energética exigem soluções mais robustas. A crescente utilização de equipamentos de climatização e o aumento do uso de aparelhos eletrônicos 24 horas por dia tornam o horário de verão menos relevante em termos de economia de energia.
Ainda assim, o debate continua, principalmente em regiões do Brasil onde o impacto da mudança de horário na iluminação diurna é mais visível. Alguns setores, como o de turismo, veem a medida como uma forma de impulsionar a atividade econômica, já que o prolongamento das horas de luz natural aumenta o tempo disponível para o lazer.
O futuro da medida no Brasil
Enquanto muitos países ao redor do mundo continuam a adotar o horário de verão, a tendência no Brasil parece se afastar dessa prática. Com a popularização das energias renováveis e a necessidade de estratégias mais eficientes para o consumo de eletricidade, o debate sobre a eficácia do horário de verão está longe de acabar. No entanto, uma coisa é certa: o apoio a ele nunca foi tão baixo.
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