
Prazo de 180 dias é solicitado para adaptações nas malhas aéreas, visando minimizar impactos nas viagens.
Em meio à incerteza sobre a implementação do horário de verão, as companhias aéreas estão pressionando o governo por uma definição rápida. Em nota divulgada nesta terça-feira (24), as entidades que representam o setor destacam a necessidade de um prazo mínimo de 180 dias para se adaptarem adequadamente às mudanças, principalmente com a alta demanda que se aproxima nas festas de fim de ano.
As associações, incluindo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e a International Air Transport Association (IATA), alertam que a falta de comunicação prévia e a implementação abrupta do horário de verão podem causar transtornos significativos aos passageiros e afetar a conectividade nacional. O documento enfatiza: “As empresas aéreas precisam de um prazo mínimo de 180 dias entre o decreto de estabelecimento do horário de verão e o efetivo início da mudança do horário.”
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou na semana passada que uma decisão será tomada em até dez dias. A expectativa é que a medida entre em vigor após o segundo turno das eleições municipais, marcado para o final de outubro, seguindo a recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A nota das companhias aéreas alerta que a mudança no horário exigirá ajustes nos voos, tanto em cidades brasileiras quanto internacionais que não adotam a nova hora legal de Brasília. Isso pode resultar em alterações nos horários de partida e chegada, levando a possíveis perdas de embarque para os passageiros.
Além disso, as empresas também expressam preocupação com os custos envolvidos, já que a perda de slots (horários de pouso e decolagem) em aeroportos movimentados pode impactar diretamente suas operações. “A falta de comunicação prévia pode resultar em grandes transtornos para a sociedade, especialmente durante a temporada de verão e festas de final de ano”, conclui a nota.