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Incêndio no Parque Nacional de Brasília chega ao terceiro dia e força suspensão de aulas

Fogo de origem suspeita já consumiu 3.000 hectares de cerrado, agravado pela seca de quase cinco meses. Fumaça e fuligem afetam a capital, trazendo riscos à saúde e forçando evacuações na região.

O incêndio de grandes proporções que atinge o Parque Nacional de Brasília entrou, nesta terça-feira (17), no seu terceiro dia. Mesmo com o trabalho ininterrupto de brigadistas e bombeiros nas últimas 72 horas, o fogo ainda não foi controlado.

O incêndio teve início no último domingo (15), com suspeita de ser resultado de uma ação criminosa, deixando a capital do país coberta por fumaça e fuligem no começo desta semana. Escolas suspenderam as aulas, e moradores da região ao redor da área de proteção ambiental foram obrigados a evacuar suas casas.

Forte estiagem agrava situação

A região enfrenta uma seca severa, com quase cinco meses sem chuva. De acordo com estimativas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão do parque, o fogo já havia consumido cerca de 3.000 hectares de cerrado até a tarde de segunda-feira (16).

Até o momento, o incêndio já danificou a vegetação típica do cerrado, que tem capacidade de regeneração relativamente rápida, mas também atingiu a mata de galeria, que protege os rios. A destruição dessa vegetação preocupa ambientalistas, pois ela é mais sensível ao calor, e sua perda ameaça a bacia hidrográfica da região.

Esforços no combate ao incêndio

Mais de 500 agentes, entre brigadistas e bombeiros do Distrito Federal, estão envolvidos no combate ao incêndio. Segundo os integrantes da equipe, há indícios de que o fogo tenha começado no limite do parque, fora da área protegida. Um avião que atuava na Chapada dos Veadeiros foi deslocado para ajudar no combate, junto com caminhões-pipa militares e dois helicópteros.

Impacto na população e suspensão de aulas

A fumaça densa e a fuligem tomaram grande parte de Brasília, afetando principalmente a Asa Norte e o Plano Piloto, causando problemas respiratórios e levando à suspensão de aulas. A baixa qualidade do ar nas áreas próximas ao parque fez com que a Secretaria de Educação do Distrito Federal permitisse que as escolas tomassem decisões autônomas sobre a suspensão das atividades, caso necessário.

O excesso de fumaça e fuligem, agravado pelo clima seco que afeta grande parte do país, tem causado mal-estar, especialmente em crianças e idosos. Especialistas estão preocupados com os impactos na saúde pública, devido à má qualidade do ar.

* Com informações da Agência Brasil.

Daniela Bragança

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