
Entenda os critérios que ajudam a decidir entre lipoaspiração e plástica de abdômen, explorando casos específicos e técnicas modernas.
Escolher entre lipoaspiração, plástica de abdômen ou até mesmo uma plástica abdominal modificada, que não exige reconstrução umbilical, depende de vários fatores. Entre eles estão a qualidade da pele, a espessura da gordura subcutânea e as condições musculares, como a presença de diástase ou projeções sem diástase.
A lipoaspiração tem como objetivo remover gordura localizada, sem ser um método de emagrecimento, embora a região tratada, naturalmente, apresente redução de volume. No entanto, muitos pacientes confundem os benefícios desses procedimentos, criando expectativas irreais e fazendo escolhas equivocadas junto aos seus cirurgiões. Por isso, este artigo busca esclarecer essas diferenças e orientar nossos leitores sobre o que perguntar aos médicos para uma decisão mais informada.
Avaliação personalizada é essencial
Um caso recente reforça a importância de uma avaliação detalhada. Uma paciente de 46 anos, com projeção muscular no abdômen superior, sem diástase ou histórico de obesidade, apresentava boa qualidade de pele devido à prática regular de exercícios. Ainda assim, a lipoaspiração isolada não resolveria seu problema, já que a projeção muscular persistiria.
Para situações como essa, recomenda-se a miniabdominoplastia, que envolve uma cicatriz ligeiramente maior que a de uma cesariana, combinada com lipoaspiração suave da região abdominal anterior, utilizando a técnica de lipoabdominoplastia de Saldanha. Essa abordagem inclui o descolamento do umbigo e o fechamento da musculatura abdominal, sem necessidade de reconstrução umbilical. Após o procedimento, o umbigo é reposicionado levemente abaixo de sua localização original, garantindo um resultado funcional e estético.

Casos que exigem abdominoplastia clássica
A abdominoplastia clássica, que requer uma incisão maior e a reconstrução do umbigo, é indicada principalmente para pacientes com:
- Abertura muscular significativa (diástase);
- Excesso de pele devido à gravidez ou grandes oscilações de peso (efeito sanfona);
- Espessura de gordura subcutânea acima do normal, com dobras cutâneas maiores que 1,5 a 2 cm.
Além disso, tecnologias como argoplasma, renuvion e vaser podem ser utilizadas para melhorar a retração da pele em pacientes com menor elasticidade.

Técnicas avançadas e resultados harmônicos
Outra opção moderna é a lipoinxertia, que reaproveita a gordura retirada da lipoaspiração para dar volume e contorno a áreas como glúteos e quadris (especialmente depressões trocantéricas e laterais das coxas). Essa técnica proporciona um contorno corporal mais harmonioso e natural.
Cada caso é único, e a escolha do procedimento ideal deve considerar as condições físicas do paciente e suas expectativas reais. No entanto, é essencial alinhar os desejos do paciente com a possibilidade de resultados alcançáveis, evitando frustrações.
Antes de optar por lipoaspiração ou plástica de abdômen, consulte um médico experiente para avaliar fatores como qualidade da pele, espessura da gordura e possíveis alterações musculares. Tomar a decisão certa não apenas previne frustrações, mas também potencializa os resultados estéticos e funcionais.
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Comentários (1)
Hellensays:
28 de novembro de 2024 at 15:51Excelente texto. Assertivo e acertado.