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Luxo e fraude: Influencers são investigados por jogos ilegais

Polícia Civil expõe esquema milionário envolvendo jogos de azar, fraudes sociais e lavagem de dinheiro em Goiás e São Paulo.

A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais (GEPATRI) de Luziânia, desvendou nesta sexta-feira (6) um esquema criminoso envolvendo três influencers digitais. Conhecidas por ostentar viagens internacionais, carros importados e compras de luxo, as suspeitas utilizavam suas redes sociais para promover jogos de azar ilegais e atrair vítimas para plataformas fraudulentas. A operação, batizada por “GARRAS VIRTUAIS”, realizada pelo GEPATRI e pelo Grupo Especial de Repressão a Narcóticos de Luziânia (GENARC), visa o cumprimento de ordens judiciais contra três influenciadores digitais, investigados por crimes de estelionato, exploração de jogos de azar (cassinos eletrônicos – jogos do tigrinho) e lavagem de dinheiro. A ação abrange buscas nas cidades de Luziânia, Cristalina e São José dos Campos

Fraude em programas sociais e ganhos ilícitos

As investigações demonstraram que, apesar da vida de ostentação, as influencers se cadastravam em programas sociais como Bolsa Família e Auxílio Brasil, fornecendo informações falsas para obter benefícios. Segundo o delegado Rony Loureiro,

“elas criavam uma falsa narrativa de sucesso em jogos, que, na realidade, servia apenas para iludir e endividar as pessoas. A cada cadastro realizado, ganhavam comissões, enquanto seus seguidores acumulavam dívidas”.

Esquema milionário e lavagem de dinheiro

O dinheiro gerado pelas práticas ilegais era usado para financiar uma vida de luxo. O delegado acrescentou:

“Enquanto simulavam dificuldades financeiras para se manter em programas sociais, viajavam ao exterior e frequentavam lojas de grife, abusando da confiança dos seguidores e do sistema público”.

Durante as buscas realizadas em Luziânia, Cristalina e São José dos Campos, documentos e bens de alto valor foram apreendidos, reforçando as evidências contra as investigadas.

Impacto social e crimes investigados

As práticas criminosas não apenas sustentavam a vida de luxo das suspeitas, mas também prejudicavam centenas de vítimas que acreditaram nos ganhos prometidos pelas influencers. Muitas pessoas acabaram endividadas ao tentar replicar o que viam nas redes sociais. Os crimes incluem estelionato, exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro e fraude em programas sociais, com penas que podem chegar a 10 anos de prisão.

Crimes e consequências legais

O estelionato prevê pena de reclusão de 1 a 5 anos. A exploração de jogos de azar, apesar de ser contravenção penal, pode levar à detenção de 3 meses a 1 ano. A lavagem de dinheiro é punida com reclusão de 3 a 10 anos, além de multa. Já a fraude em programas sociais, enquadrada como estelionato, também pode resultar em penas de até 5 anos.


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Daniela Bragança

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