
Investigação policial revela relação incestuosa e sinais de violência.
A Justiça de Goiás determinou, nesta segunda-feira (2), a soltura de uma mãe acusada de matar a própria filha, um bebê de apenas dois meses, na cidade de Campinorte, no norte do estado. A mulher agora responderá ao processo de liberdade, decisão que gerou repercussão e revolta na comunidade local. Além disso, a mãe recuperou a guarda de sua filha mais velha, de cinco anos.
O caso ocorreu no último sábado (30), quando um bebê foi levado sem vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campinorte, apresentando sinais evidentes de espancamento. A situação gerou indignação não apenas pela brutalidade do crime, mas também pelas circunstâncias do crime: as investigações apontaram que a mãe mantinha uma relação incestuosa com o próprio pai, que seria também o pai biológico das crianças. Ambas as filhas se manifestaram com transtorno autista.
O avanço das investigações
O delegado Peterson, responsável pelo caso, afirmou que a Polícia Civil está próxima de concluir as investigações. “Já estamos finalizando as oitivas de testemunhas e solicitamos o exame de DNA para comprovar a paternidade e a relação incestuosa do casal”, revelou Peterson.
A polícia também investiga se o histórico de violência no ambiente familiar contribuiu para o desfecho trágico. O delegado reforça que, mesmo antes do parecer favorável do Ministério Público para a prisão preventiva da mãe, a Justiça conceda liberdade provisória. “Ela já está em casa e com a guarda da filha de cinco anos”, completou.
Decisão judicial sob contestação
O Ministério Público anunciou que pretende recorrer da decisão judicial que liberou a mãe, buscando a reversão da medida. O delegado Peterson garantiu que a polícia acompanhará o caso. “Encaminharemos o inquérito ao Fórum assim que a investigação for concluída, para que a Justiça possa dar continuidade ao procedimento criminal”, afirmou.
A liberação da mãe gerou comoção em Campinorte e levantou debates sobre o sistema de justiça em casos relacionados a crimes contra crianças. A comunidade aguarda novos desdobramentos e se mantém mobilizada em busca de respostas e justiça para o bebê que morreu de forma tão precoce.
A polícia segue investigando se outros familiares estavam cientes ou envolvidos na situação, reforçando que todas as possibilidades serão comprovadas antes da conclusão do inquérito.
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