
Procon Goiás revela grandes variações de preços em escolas da capital goiana, com valores de mensalidades saltando até R$ 1.200
O Procon Goiás realizou entre os dias 5 e 8 de novembro de 2024 uma pesquisa de preços das mensalidades escolares para o ano letivo de 2025 em 44 estabelecimentos de Goiânia. O levantamento, que incluiu 17 séries escolares, da educação infantil ao 3º ano do ensino médio, aponta variações alarmantes nos valores cobrados pelas instituições de ensino.
Diferenças de preços impressionam
A maior discrepância de preços foi registrada nas escolas da região Norte de Goiânia, com mensalidades do maternal variando de R$ 760 a R$ 1995, representando uma diferença de até 162,5%. Contudo, o 3º ano do ensino médio também apresentou variação considerável, de 147%, com preços entre R$ 1204 e R$ 2979, na mesma região.
No entanto, as variações não se limitam a uma região específica. No Sul de Goiânia, o 2º ano do ensino médio registrou uma diferença de até 120%, com mensalidades variando de R$ 1751 a R$ 3850. Já na região Centro-Oeste, o 6º ano do ensino fundamental apresentou uma oscilação de 103%, com valores entre R$ 1047 e R$ 2130.
Variação anual também chama atenção
A pesquisa também mostrou o impacto do aumento anual nas mensalidades. No Centro-Oeste de Goiânia, o 9º ano teve uma elevação de 35%, passando de R$ 1326,60 em 2024 para R$ 1803,80 em 2025. Entretanto, no Sudoeste, o 5º ano do ensino fundamental teve um aumento de 28%, com valores subindo de R$ 1197 para R$ 1542.
O que os pais devem ficar atentos
O Procon Goiás orienta que os pais verifiquem se os aumentos são justificados pelas escolas com base na planilha de custos operacionais, conforme estabelecido pela Lei Federal nº 9870, de 1999. As escolas devem fornecer esse documento, e os pais têm o direito de solicitá-lo.
Além disso, o Procon esclarece que a retenção de documentos escolares ou a aplicação de penalidades pedagógicas devido à inadimplência configuram práticas abusivas. Marco Palmerston, superintendente do Procon Goiás, alerta que, além dos preços, os pais também devem avaliar a qualidade do ensino oferecido, considerando a infraestrutura, o quadro de professores assim como o material didático. “O preço não deve ser a única preocupação. A qualidade do ensino é essencial”, reforçou.
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