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Mesmo com aumento na tarifa técnica, passagem de ônibus segue congelada em Goiânia

Os governos estadual e municipal ampliam subsídios para manter a tarifa em R$ 4,30, vigente desde 2019.

Os usuários do transporte público em Goiânia continuarão pagando R$ 4,30 pela passagem de ônibus, mesmo após o aumento de 12% na tarifa técnica aprovada pela Agência Goiana de Regulação (AGR) no último dia 27. O reajuste eleva o custo técnico de R $9,38 para R$10,50 até março de 2026, o que aumenta a necessidade de subsídios públicos para equilibrar o sistema.

Segundo a AGR, a tarifa técnica será ajustada em duas etapas: para R$ 9,89 entre janeiro e abril de 2024 e, a partir de maio, para R$ 10,50. No entanto, graças à intervenção dos governos estaduais e municipais, o valor pago pelo cidadão não sofrerá alterações.

Subsídio crescente

Atualmente, 82% dos custos do sistema de transporte coletivo são cobertos por subsídios públicos. Apenas entre janeiro e outubro de 2024, tanto o Governo de Goiás quanto a Prefeitura de Goiânia desembolsaram R$ 194 milhões cada, totalizando R$ 388 milhões. Este valor representa um aumento de 60% em relação ao mesmo período de 2023.

Além de Goiânia, prefeituras de cidades vizinhas como Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira acumulam 17,6% do total dos subsídios, garantindo a operação da rede metropolitana de transporte.

Perspectivas de redução de custos

O prefeito Sandro Mabel (UB) garantiu em entrevista coletiva que o preço da passagem não será alterado e afirmou que há planos para reduzir a tarifa técnica nos próximos anos. Durante a cerimônia de posse de secretários na Assembleia Legislativa de Goiás, Mabel destacou que a eficiência do transporte público será melhorada, o que deverá ampliar o número de usuários e, consequentemente, diminuir o custo por passageiro.

“O aumento da eficiência e a maior adesão ao transporte público não permitirão reduzir os custos operacionais. Isso refletirá em tarifas mais baixas para os usuários”, projetou o prefeito.

Comparativo com outras capitais

Goiânia segue entre as capitais com tarifas de transporte público mais baixas do país. A cidade mantém o preço congelado em R$ 4,30 desde 2019, ao lado de outras capitais com valores acessíveis, como Rio Branco (R$ 3,50), Macapá (R$ 3,70) e Palmas (R$ 3,85).

Já cidades como Florianópolis (R$ 6,90), Curitiba (R$ 6) e Porto Velho (R$ 6) apresentam os preços mais altos entre as capitais brasileiras.

A manutenção do preço em Goiânia é um esforço conjunto das gestões estaduais e municipais para garantir o acesso ao transporte público, mesmo com os desafios financeiros, impostos pelo aumento dos custos operacionais.

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