Miriane Peixoto da Silva, de 37 anos, sofreu agressões por dois dias antes de ser internada e falecer. O agressor segue foragido.
A violência doméstica voltou a ser protagonista de uma tragédia em Goiás, com a morte de Miriane Peixoto da Silva, de 37 anos, em Aparecida de Goiânia. Ela faleceu após ser brutalmente espancada por seu companheiro, Luciano, em um crime que ocorreu na quinta-feira (5), mas teve início dois dias antes, quando a vítima procurou ajuda médica após os primeiros ataques.
Na quarta-feira (4), Miriane foi atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde relatou as agressões sofridas. Ela registrou a ocorrência na Central Geral de Flagrantes de Aparecida de Goiânia e foi encaminhada ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil confirmou que a morte foi uma consequência direta das agressões.
Histórico de violência e ameaças
Luciano, o suspeito de cometer o crime, enviou ameaças aos familiares de Miriane durante o velório, prometendo vingança caso fosse denunciado. O agressor, que tem histórico de violência doméstica, foi preso três vezes no ano anterior e novamente em setembro deste ano, mas estava em liberdade quando cometeu o feminicídio. A delegada Bruna Coelho revelou que ele tem registros de outros crimes contra a vítima, incluindo violência sexual.
Miriane vivia com o agressor há quatro anos e era mãe de quatro filhos, sendo o mais novo, de dois anos, fruto da relação. A morte de Miriane foi o 57º feminicídio registrado em Goiás em 2024, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
A Polícia Civil continua investigando o caso e realizando buscas para localizar Luciano. Ele segue foragido, e a população pode colaborar com denúncias anônimas. A delegada Bruna Coelho destacou que a força-tarefa está trabalhando para prender o agressor e esclarecer todos os detalhes do crime.
O caso de Miriane expõe mais uma vez a gravidade da violência contra a mulher em Goiás, colocando em evidência a importância de medidas de prevenção e acolhimento para vítimas de violência doméstica. O feminicídio, infelizmente, continua a ser uma realidade alarmante no estado, e a sociedade e as autoridades seguem mobilizadas na luta contra esse tipo de crime.
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