Pressione ESC para sair

Democrático News | Portal de Notícias | Agronegócio | Beleza | Bem Estar | Cidade | Cultura | Economia | Eventos | Esporte | Justiça | Política | Eleições | Saúde A informação que conecta, a voz que mobiliza

Novo secretário enfrenta bloqueio de R$ 57 milhões e o caos na Saúde de Goiânia

Dívida milionária paralisa serviços essenciais, enquanto gestores buscam alternativas para regularizar pagamentos e evitar colapso.

Pedro Guilherme Goiá de Moraes, o terceiro secretário a assumir a Saúde de Goiânia em apenas uma semana, enfrenta um cenário caótico. Com o bloqueio judicial de R$ 57,3 milhões nas contas da secretaria, serviços básicos estão ameaçados, e a desconfiança de fornecedores agrava ainda mais a crise.

O bloqueio, portanto, afeta todas as contas da Secretaria de Saúde, incluindo os recursos destinados ao pagamento de fornecedores e prestadores do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os contratos impactados estão os da Loc-Service, responsável pela limpeza das unidades, e da White Martins, fornecedora de oxigênio, que notificou uma dívida de R$ 1 milhão.

“Afeta todo o sistema. Não conseguimos pagar fornecedores essenciais, e as entregas estão suspensas”, revelou Goiá em entrevista.

Além disso, a TransMédica, responsável pela assistência domiciliar, também enfrenta dificuldades para manter os serviços. A testagem ampliada de Covid-19 e os sistemas digitais usados pelos agentes de endemias estão sob risco de paralisação, evidenciando a gravidade da situação.

Médicos mantêm paralisação parcial

Os médicos credenciados, que ameaçavam greve para a próxima segunda-feira (9), receberam um pagamento parcial de R$ 13 milhões referente ao mês de novembro. No entanto, mantiveram uma paralisação de três dias como protesto.

“Foi um gesto pedagógico para alertar sobre a falta de regularização nos pagamentos”, justificaram os profissionais.

Combustível e serviços críticos paralisados

A continuidade de serviços como o abastecimento de combustíveis para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) segue incerta. Contudo, o secretário atribuiu parte da responsabilidade à Secretaria de Administração (Semad).

“Alegaram que repassaram à empresa de combustíveis, mas ela não pagou os postos. A parte da Saúde já foi regularizada”, explicou Gioia.

Buscando soluções para a crise

Para desbloquear os recursos e garantir a continuidade dos serviços, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) entrou com recurso judicial. Ademais, Goiá também está dialogando com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) na tentativa de minimizar os danos.

“A prioridade é regularizar os pagamentos e assegurar a prestação de serviços de forma contínua”, destacou o secretário.

Ele propôs um cronograma para quitar dívidas atrasadas, começando pelas competências de outubro e priorizando contratos contínuos, como o da White Martins.

“Sem pagamentos, não conseguimos avançar na gestão”, pontuou.

Desafios para o futuro

Além de lidar com a crise financeira, o novo secretário enfrenta a missão de reorganizar a gestão, garantir a continuidade dos serviços e restaurar a confiança dos profissionais e da população.

“A prioridade é amenizar os danos e estabelecer uma gestão eficiente, mas será necessário um esforço conjunto para superar essa crise sem precedentes”, concluiu.

*Com informações do Jornal Popular


Leia também: Com nova gestão na Saúde, prefeitura promete compra de medicamentos

Daniela Bragança

Democrático News | A informação que conecta, a voz que mobiliza