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Operação ‘Mata Atlântica em Pé’ é concluída em Goiás com aplicação de R$ 700 mil em multas por desmatamento

Mais de 218 hectares desmatados ilegalmente foram identificados em três municípios; ação é parte de uma iniciativa nacional de combate ao desmatamento.

‌Na última semana, Goiás concluiu mais uma edição da Operação Mata Atlântica em Pé, resultando na identificação de 218 hectares de desmatamento ilegal em três municípios: Rio Quente, Cristalina e Corumbaíba. A operação, coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em parceria com o Ministério Público de Goiás (MPGO) e outros órgãos ambientais, aplicou um total de R$ 699.012,00 em multas por supressão de vegetação.

Realizada em 17 Estados, a operação visa combater o desmatamento e restaurar áreas degradadas desse ecossistema vital. Os dados nacionais da operação serão divulgados em 27 de setembro, após a conclusão das ações em todos os Estados participantes.

Multas e Ações de Fiscalização

Em Goiás, a fiscalização resultou na emissão de quatro autos de infração pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e oito autos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O desmatamento em Corumbaíba foi parcialmente atribuído ao bioma Cerrado. A responsabilidade por danos ambientais é investigada nas esferas administrativa, cível e criminal.

O promotor de Justiça e coordenador do Meio Ambiente do MPMG, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, destacou a importância da operação: “Essa iniciativa de vanguarda permite, por meio de inteligência e tecnologia, coibir e punir o desmatamento ilegal, garantindo maior proteção ao ecossistema.”

Impactos e Resultados da Operação Nacional

Em 2023, a Operação Mata Atlântica em Pé permitiu identificar 17.931 hectares de supressão ilegal de vegetação, um aumento significativo em relação aos 11.900 hectares registrados em 2022. No total, 1.399 polígonos foram fiscalizados, resultando na aplicação de aproximadamente R$ 82 milhões em multas. Participam da operação Estados como Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, entre outros.

Tecnologia a Favor da Fiscalização

As equipes de fiscalização utilizam imagens de satélite de alta resolução, principalmente por meio do projeto MapBiomas, para mapear áreas com possíveis ocorrências de degradação. Ao detectar ilícitos, os responsáveis são autuados e podem enfrentar ações judiciais.

Alexandre Gaio, promotor de Justiça do Paraná e presidente da Abrampa, afirmou: “A Operação Mata Atlântica em Pé consolidou uma cultura de fiscalização do desmatamento ilegal, contribuindo para a redução dos índices de supressão e enfrentamento das mudanças climáticas.”

Daniela Bragança

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