
Grupo foi sentenciado a mais de 65 anos de prisão por golpes que envolviam lavagem de dinheiro e fraudes eletrônicas
Após investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Cibernético (CyberGaeco) do Ministério Público de Goiás (MP-GO), quatro integrantes de uma organização criminosa sediada em São Paulo foram condenados por crimes cibernéticos. As penas somam mais de 65 anos de reclusão.
Os acusados, Pablo Henrique de Jesus Alencar, Fabiano Dantas dos Nascimento, Willian Alves de Oliveira Santos e Patrícia da Silva Assunção, operavam um esquema sofisticado para fornecer “laranjas” — pessoas que emprestavam suas contas bancárias para o trânsito de dinheiro obtido por fraudes, dificultando a rastreabilidade do dinheiro ilícito.
Modus operandi sofisticado e uso de “contas de puladas”
O grupo se especializou em fraudes cibernéticas por meio da criação de “contas de entrada” e “contas de puladas”, usadas para movimentar e ocultar grandes somas de dinheiro oriundas de golpes. As investigações revelaram que os criminosos enganavam suas vítimas se passando por instituições financeiras. Utilizando técnicas de engenharia social, convenciam os alvos a transferir valores significativos sob falsas alegações de problemas em suas contas bancárias.
Entre as vítimas identificadas, destacam-se casos em que os golpistas conseguiram, através de contatos telefônicos fraudulentos, induzir uma transferência de R$ 14.978,50 de um indivíduo e R$ 250.900,00 de um casal residente em Canoas, no Rio Grande do Sul.
Sentenças e detalhes das condenações
As condenações foram as seguintes:
• Pablo Henrique de Jesus Alencar: 17 anos e 10 meses de reclusão.
• Fabiano Dantas dos Nascimento: 36 anos e 2 meses.
• Willian Alves de Oliveira Santos: 6 anos e 4 meses (atualmente foragido).
• Patrícia da Silva Assunção: 8 anos (cumpre prisão domiciliar).
De acordo com a sentença proferida pelo juiz Alessandro Pereira Pacheco, o grupo utilizou métodos sofisticados para obter informações confidenciais das vítimas, inclusive acesso aos dispositivos móveis, facilitando assim as fraudes.
Investigação e cooperação institucional
A investigação, liderada por promotores especializados em crimes cibernéticos, revelou a existência de uma estrutura organizada dividida em núcleos operacionais e de apoio. A atuação coordenada permitiu que os acusados mantivessem suas operações durante mais de um ano, com prejuízos financeiros significativos para as vítimas.
O MP-GO reforça que esse tipo de sentença é um marco no combate ao crime cibernético, demonstrando a importância da cooperação entre as autoridades judiciais e o uso de tecnologias avançadas para a detecção e repressão desse tipo de atividade criminosa.
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