
Grupo movimentou cerca de R$ 3 milhões com fraudes de engenharia social em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, aplicando o chamado “golpe do intermediário”.
Em uma operação coordenada nesta quarta-feira (6), a Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Especial de Investigações Criminais de Águas Lindas e o Grupo Especial de Investigações, desarticulou uma quadrilha que fraudava vítimas usando o “golpe do intermediário”. O grupo, com atuação em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, movimentou aproximadamente R$ 3 milhões de forma ilícita.
A operação cumpriu um mandado de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Sinop, Várzea Grande e Primavera do Leste (MT), além de Coxim (MS). Contas bancárias dos suspeitos foram bloqueadas para impedir a movimentação dos recursos adquiridos com os golpes. Com a ação, a polícia apreendeu documentos, dispositivos eletrônicos e objetos que serão fundamentais para aprofundar as investigações.
O delegado João Carlos Freitas, responsável pela operação, destacou a complexidade do golpe e a atuação articulada da quadrilha em dois núcleos distintos: o núcleo de “engenharia social” e o núcleo “financeiro”.
“O núcleo de engenharia social é formado pelos suspeitos que entram em contato com as vítimas, aplicando o golpe do falso intermediário. Eles ganham a confiança das vítimas e realizam transferências e transações fraudulentas”, explicou o delegado. “Já o núcleo financeiro é responsável por movimentar e ocultar os valores obtidos, tentando mascarar o rastro financeiro do grupo”, acrescentou.
A investigação começou com o registro de ocorrências de vítimas em Águas Lindas, em julho de 2023 e janeiro de 2024. De acordo com as autoridades, as vítimas eram convencidas a fornecer informações ou a realizar transações acreditando estar em contato com alguém de confiança, mas, na verdade, estavam lidando com membros da quadrilha que se passavam por intermediários.
O delegado João Carlos Freitas ressaltou que, após a análise do material apreendido, o inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário e os envolvidos poderão responder por estelionato qualificado. “Esses suspeitos, caso condenados, podem receber pena de até oito anos de reclusão”, finalizou o delegado. A operação é mais um esforço das forças policiais de Goiás e dos estados vizinhos para combater crimes de estelionato e proteger a população dos riscos de fraudes complexas e altamente articuladas.
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