Operação Ato Falho apura irregularidades em licitações realizadas pela Prefeitura de Iporá
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), deflagrou nesta quarta-feira (27) a Operação Ato Falho, que investiga fraudes em licitações no município de Iporá. Durante a ação, equipes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em endereços localizados em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Santo Antônio de Goiás, Cezarina, Iporá e Palmas (TO).
Seis pessoas, incluindo servidores públicos de Iporá, e oito empresas estão entre os investigados.
Fraudes Identificadas em Licitações
Os investigadores analisaram 37 dispensas de licitação realizadas em 2021 pela Prefeitura de Iporá. Contudo, quatro empresas participaram dessas contratações e apresentaram valores muito acima dos preços de mercado.
O delegado Bruno Barros Ferreira, da DECCOR, explicou ainda que “essas empresas se organizaram fraudulentamente para participar dos procedimentos licitatórios”. Ele afirmou ainda que
“os contratos apresentaram sobrepreços em vários itens, com variações que chegam a 21.700% acima do valor de mercado”.
Mais de 80% dos itens avaliados tinham preços superiores à média praticada no mercado. O delegado também destacou que dois empresários envolvidos “já haviam sido investigados e denunciados por práticas semelhantes em 2016”.
Prejuízo à Saúde Pública
A fraude gerou um prejuízo estimado em R$ 5 milhões, desviando recursos que deveriam ser usados na saúde pública do município. A situação comprometeu a prestação de serviços essenciais para a população.
A Polícia Civil ampliará as investigações para reunir mais provas e responsabilizar os envolvidos. As autoridades buscam recuperar os valores desviados e reforçar a transparência no uso dos recursos públicos destinados à saúde.
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