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Polícia combate fraudes eletrônicas milionárias em São Paulo e Goiás

Ações Intermedius e Illusio desarticulam esquemas de golpes digitais, com prejuízo de R$ 500 mil.

A Polícia Civil de Goiás, em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, deflagrou, nesta terça-feira (12), duas operações simultâneas na capital paulista e em sete cidades da Região Metropolitana, para combater crimes cibernéticos. As ações resultaram no cumprimento de 68 mandados judiciais, sendo 34 de prisão e 34 de busca e apreensão, envolvendo fraudes eletrônicas, lavagem de dinheiro, furto qualificado e organização criminosa.

Operação Illusio

Focando em um esquema de engenharia social, a operação Illusio investigou um grupo que usava métodos sofisticados para enganar vítimas, simulando atendimentos bancários e solicitando transferências financeiras sob o pretexto de “proteção de conta”. Entre os dias 10 e 16 de novembro de 2022, a quadrilha conseguiu desviar aproximadamente R$ 500 mil.

Os criminosos criaram diversas contas bancárias para ocultar os rastros das transferências e usaram empresas de fachada para lavar o dinheiro, dificultando a identificação das operações fraudulentas. Durante a operação, foram apreendidos celulares, computadores e documentos que devem ser analisados para aprofundar as investigações e identificar outros envolvidos.

Além de enganar pessoas comuns, o grupo tinha como alvo empresas e instituições financeiras, aproveitando brechas nos sistemas de segurança. O esquema se expandiu para além das fronteiras nacionais, com ramificações que utilizavam contas abertas em nome de terceiros no exterior.

Operação Intermedius

Já a operação Intermedius desmantelou uma quadrilha responsável pelo “golpe das missões”. Essa modalidade de fraude envolvia promessas de retornos rápidos e seguros em tarefas simples de marketing digital, como curtir postagens e seguir perfis. Os participantes, atraídos por pagamentos iniciais simbólicos, eram incentivados a investir mais dinheiro para liberar valores supostamente acumulados, criando um ciclo de perdas.

Os suspeitos utilizavam múltiplas contas bancárias e empresas fictícias para movimentar os recursos obtidos. Uma das empresas, registrada em nome dos líderes, teve um crescimento rápido, com capital social declarado de R$ 6 milhões, e ainda mantinha quatro filiais no exterior. Com quase 7 mil reclamações no “Reclame Aqui”, as queixas estavam principalmente relacionadas a depósitos em plataformas de apostas online.

A polícia estima que o esquema movimentou milhões de reais, usando plataformas digitais para atrair vítimas em busca de renda extra. Durante as buscas, foram localizados documentos que indicam a existência de uma rede ainda maior de operações fraudulentas, potencialmente conectadas a outros países.

As investigações continuam, e as autoridades esperam que, com as provas obtidas, novas operações possam ser realizadas para coibir outras redes de fraudes cibernéticas. A ação coordenada entre Goiás e São Paulo destaca a importância da cooperação entre as polícias para enfrentar crimes tecnológicos, que vêm causando prejuízos significativos tanto para indivíduos quanto para empresas.

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Daniela Bragança

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