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Prefeitura de Goiânia é investigada por gastos milionários em cursos motivacionais

*Vista do alto do Paço Municipal de Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia

Polícia apura possível irregularidade em contratos da Sedhs; aquisição de livros pela SME também está suspensa

A Prefeitura de Goiânia está sob investigação da Polícia Civil por gastos de R$ 6,1 milhões em cursos motivacionais adquiridos pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs). Foram comprados 5 mil cursos, cada um ao custo de R$ 1,2 mil. O caso levanta dúvidas sobre a gestão de recursos públicos e questionamentos quanto à necessidade dos treinamentos.

Justificativas da Sedhs

A Sedhs defende a compra e argumenta que o objetivo é promover o bem-estar dos servidores, e assim melhorar o ambiente de trabalho. Segundo a secretaria, a capacitação em inteligência emocional seria especialmente relevante após a pandemia de Covid-19, que aumentou o estresse nos serviços públicos. Contudo, o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) suspendeu a contratação, apontando falhas no processo de justificação e questionando a transparência do gasto.

Aquisição de cursos e atuação do TCM

Os cursos foram adquiridos em julho, por meio de pregão eletrônico realizado pelo Consórcio Intermunicipal da Região Central do Estado de São Paulo (Concen). Embora a Sedhs insista na importância da capacitação, a rapidez do processo bem como a falta de transparência geram críticas e desconfiança na população.

Polêmica na Secretaria de Educação

Além da Sedhs, a Secretaria Municipal de Educação (SME) também enfrenta uma investigação. A SME adquiriu livros paradidáticos no valor de R$ 26,9 milhões, uma compra que o TCM suspendeu devido a problemas semelhantes. Apesar de a SME ter garantido que seguirá as recomendações do tribunal, já efetuou um pagamento inicial de R$ 4,7 milhões.

Expectativas sobre transparência

A população espera esclarecimentos sobre o uso dos recursos públicos. Ambos os casos destacam a importância da transparência e da responsabilidade na administração pública, especialmente em tempos de crise financeira.

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Daniela Bragança

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