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Preso durante a operação, ex-secretário de Saúde é liberado após decisão do MPGO

Wilson Pollara e outros dois investigados saíram da prisão no sábado (7), após ausência de fundamentos para prisão preventiva.

O ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, saiu da prisão na madrugada de sábado (7). O Ministério Público de Goiás (MP-GO) avaliou que não havia elementos suficientes para transformar a prisão temporária em preventiva. A decisão também beneficiou o secretário executivo Bruno Vianna Primo e o diretor financeiro Quesede Ayres Henrique, detidos durante a Operação Comorbidade.

A Diretoria-Geral da Polícia Penal (DGPP) confirmou que a soltura aconteceu à meia-noite na Casa do Albergado, no Jardim Europa, em Goiânia. Apesar disso, as investigações continuam para eliminar os prejuízos causados ​​à saúde pública.

Irregularidades na gestão da saúde

O Ministério Público apontou problemas graves na administração da saúde municipal. Os promotores identificaram concessões de vantagens ilícitas, pagamentos fora de canais oficiais e favorecimentos a determinadas empresas. Essas práticas desrespeitaram a ordem cronológica de pagamentos e prejudicaram outros credores.

Rafael Correa Costa, promotor responsável pelo caso, explicou que os pagamentos irregulares ocorreram sem registo na contabilidade pública. “Essa conduta prejudicou o município e aumentou a crise financeira na saúde, agravando o cenário já delicado enfrentado pelos serviços”, afirmou Correa Costa.

A dívida da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com relação ao serviço atinge R$ 300 milhões. A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), por exemplo, acumulou um passivo de R$ 121,8 milhões, o que comprometeu serviços essenciais, incluindo maternidades.

Defesa de Pollara rebate acusações

Os advogados de Wilson Pollara negaram qualquer envolvimento do ex-secretário em atos ilícitos. Eles argumentaram que a crise da saúde pública em Goiânia surgiu antes de sua gestão. Segundo a defesa, Pollara aceitou o cargo com a intenção de colaborar na superação desses desafios.

“Pollara não cometeu crimes à frente da Secretaria de Saúde. Pelo contrário, ele implementou medidas para melhorar os serviços e reduzir os problemas financeiros do órgão”, ressaltou a defesa. Além disso, os advogados informaram que Pollara está focada em tratar um câncer no rim, revelado enquanto esteve preso.

Embora a solução das investigações tenha ocorrido, o Ministério Público reforçou seu compromisso com o andamento das investigações. A Operação Comorbidade seguirá com novas diligências e análises de contratos suspeitos.

Com isso, as autoridades procuram responsabilizar os envolvidos e prevenir situações semelhantes no futuro, garantindo maior transparência na gestão pública.

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