
Medidas visam combater os efeitos nocivos do uso excessivo de telas entre crianças e adolescentes.
A possibilidade de o Ministério da Educação (MEC) banir o uso de celulares nas escolas, prevista para ser anunciada em outubro/2024, tem gerado uma onda de apoio entre educadores. Professores destacam a urgência de enfrentar os impactos negativos do uso excessivo de tecnologia na saúde mental e no aprendizado dos alunos, conforme discutido em recente entrevista do ministro Camilo Santana ao jornal Folha de S.Paulo.
Educadores, como Marina Rampazzo, orientadora educacional da Secretaria de Educação do Distrito Federal, ressaltam que o problema da dependência das telas já era evidente antes da pandemia, mas se intensificou drasticamente. “A pandemia deu um poder a mais para a tela”, afirma. Segundo ela, muitos pais passaram a delegar o cuidado dos filhos a dispositivos digitais, exacerbando a situação.
“A escola terá um papel decisivo na reverter esse quadro”, diz Marina, enfatizando que o ambiente escolar deve promover interações sociais e atividades diversificadas para afastar os alunos do uso constante dos celulares.
Por sua vez, Margareth Nogueira, educadora do colégio privado Arvense, alerta que a exposição excessiva a telas não só alimenta comportamentos antissociais, como também afeta a saúde visual dos estudantes. “Eles estão usando óculos cada vez mais cedo”, revela.
As preocupações se estendem à relação viciante que os celulares impõem, levando crianças e adolescentes a crises de abstinência, como relatado por educadores. “Estudantes ficam agressivos e impacientes quando afastados de seus dispositivos”, observa Marina.
Com a possível implementação das novas regras, é crucial que as escolas disponibilizem acesso a recursos educacionais pela internet, sem depender dos celulares dos alunos. “As famílias também devem estimular atividades que promovam a socialização e o desenvolvimento integral das crianças”, conclui Marina.
*Com informações EBC / Agência Brasil
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