
Em Montes Claros de Goiás, Antônio Gomes da Silva Júnior ateou fogo na companheira e recebeu pena de 16 anos e 11 meses de prisão
Na última semana, o Tribunal do Júri de Montes Claros de Goiás condenou Antônio Gomes da Silva Júnior a 16 anos, 11 meses e 15 dias de prisão por tentativa de feminicídio. Além disso, o réu também deverá pagar R$ 15 mil de indenização à vítima. O julgamento, que foi presidido pelo juiz Rafael Machado de Souza, contou com a participação do promotor Samuel Sales Fonteles, atuando na acusação.
Conforme a denúncia, apresentada pela promotora Lauren de Siqueira Antunes em julho do ano passado, Antônio jogou álcool na companheira e incendiou mais de 41% do corpo dela. Tendo em vista os ferimentos graves, a mulher foi transferida de Montes Claros para Goiânia, onde precisou ser entubada. Durante a internação, permaneceu em coma por oito dias e ficou hospitalizada por mais de um mês.
O promotor Samuel Fonteles destacou que o caso gerou indignação na comunidade local. Segundo ele, crimes como esse refletem a crueldade extrema e o desejo de “apagar a imagem” da vítima, o que reforça a importância de uma condenação severa. “Os agressores, movidos por ciúmes, frequentemente recorrem a métodos brutais, como o uso de fogo, para atacar suas companheiras. Neste caso, a pena reflete a gravidade do ato”, afirmou Fonteles.
Lei do Feminicídio e Denúncias
A Lei do Feminicídio, criada em 2015, considera como crime hediondo o assassinato de mulheres em razão do gênero. Além disso, reforça a proteção contra a violência doméstica e familiar, prevendo penas mais severas para os agressores. No caso de tentativa de feminicídio, a legislação também é aplicada de forma rigorosa, haja vista o julgamento de Antônio Gomes.
Casos de violência doméstica, infelizmente, ainda são comuns em Goiás. Contudo, as autoridades recomendam que mulheres em situação de risco busquem ajuda através da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) ou pelo Disque 180, serviço nacional de denúncias e orientação.
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