A partir da próxima quarta-feira, 2 de outubro, a tarifa de energia elétrica em Goiânia e em todo o Brasil passará a ser cobrada com a bandeira vermelha patamar 2. Esse aumento é justificado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que apontou o baixo volume de chuvas como principal fator para a redução dos níveis dos reservatórios das grandes usinas hidrelétricas. Como resultado, a produção de energia pelas hidrelétricas diminuiu, forçando o acionamento de usinas termelétricas, que produzem uma energia mais cara.
O uso de termelétricas, que utilizam combustíveis fósseis, tem um custo de operação maior, e esses valores são repassados aos consumidores por meio do sistema de bandeiras tarifárias. Na bandeira vermelha patamar 2, considerada a mais onerosa, o valor adicional cobrado é de R$ 6,24 para cada 100 kWh consumidos.
Segundo a Engenheira Eletricista e Especialista em Eficiência Energética Lívia Ribeiro, o impacto no bolso do consumidor vai depender diretamente do uso consciente de energia. “Com o acionamento da bandeira vermelha, é fundamental que as famílias adotem medidas para economizar. Pequenos hábitos, como desligar luzes em ambientes não utilizados, utilizar eletrodomésticos de forma eficiente e evitar o desperdício, podem ajudar a mitigar o aumento na conta de luz”, explica.
A especialista reforça que, além do custo financeiro, o acionamento das usinas termelétricas tem um impacto ambiental significativo, já que essas fontes de energia emitem gases de efeito estufa. “É um momento importante para refletirmos sobre o uso consciente dos recursos naturais e a busca por fontes alternativas de energia.”
A previsão da Aneel é de que o cenário de bandeira vermelha se mantenha enquanto os níveis dos reservatórios das hidrelétricas não se estabilizarem. Enquanto isso, os consumidores deverão estar atentos às suas contas de energia, adotando práticas mais sustentáveis e conscientes no seu dia a dia.
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